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O antigo futebolista da Académica Manuel António considerou hoje que a passagem da ''Briosa'' à final da Taça de Portugal pode ser um ''elo'' que faça novamente a junção entre a academia, a cidade e os jogadores.
O médico, de 66 anos, disputou em 1969 a última final da Académica perdida para o Benfica, que ganhou por 2-1, tendo marcado o golo da “Briosa”.
''A passagem à final pode ser um elo que faça novamente a junção entre a academia, a cidade e os estudantes, embora haja diferenças. Não sei quantos jogadores estudantes a Académica hoje tem, mas no meu tempo éramos todos estudantes'', recordou Manuel António.
O antigo ponta de lança, que há 20 anos dirige o Instituto Português de Oncologia de Coimbra, salienta que ''hoje as coisas são diferentes, a vida muda e os interesses das pessoas são outros e, portanto, a vantagem de tirar uma licenciatura depende do curso''.
''O interesse para vir jogar para a Académica é hoje completamente diferente. Entre um bom contrato de futebol e um curso, naquela altura, nós hesitávamos e optávamos por tirar uma licenciatura. Hoje não, vale mais um bom contrato de futebol'', referiu.
Salientando que a ida ao Jamor, 43 depois, é um motivo de ''alegria e muita satisfação'', Manuel António tem esperança de que a Académica possa trazer a Taça de Portugal, manifestando ainda a preferência de que a “Briosa” defrontasse o Sporting no jogo decisivo.
''O treinador Pedro Emanuel está a fazer um bom trabalho e a equipa tem capacidade para lutar e tentar a vitória'', frisou, convicto de que a cidade e a academia vão novamente marcar forte presença no Estádio Nacional, tal como aconteceu a 22 de junho de 1969, em plena crise estudantil.
A Académica, histórica vencedora da primeira edição (1938/39), garantiu na terça-feira, ao afastar a Oliveirense, da Liga de Honra, a sua quinta presença na final da Taça de Portugal, 43 anos depois da última vez.
