No livro de bordo da Efapel-Glassdrive para a temporada que arranca este domingo há uma única anotação: trocar o papel de eternos segundos pelo de vencedor da Volta a Portugal em bicicleta.
A equipa, que trocou a sua sede de sempre em Vila Nova de Gaia por Lourosa, Santa Maria da Feira, tem como meta, de acordo com o seu diretor desportivo, ganhar a Volta a Portugal, que se disputa entre 15 e 26 de agosto.
«Temos andado vários anos a fazer segundo e claro que este ano o objetivo é vencer», assumiu à Lusa Carlos Pereira.
Para isso, a Efapel-Glassdrive conta com os «suspeitos do costume», os líderes Sérgio Ribeiro e Rui Sousa.
Eles são o topo de um plantel que manteve imutável o número de ciclistas (11) e que substitui os “aposentados” Carlos Baltazar e Bruno Pinto e o espanhol Santi Perez pelo regressado Nuno Ribeiro, que cumpriu dois anos de suspensão pelo positivo por EPO na Volta de 2009, e pelos jovens Ricardo Vilela e Sandro Pinto.
A eles juntam-se Filipe Cardoso, António Amorim, César Fonte, Daniel Freitas, Sérgio Sousa e o espanhol Raul Alarcon, elementos que faziam parte da anterior estrutura da formação.
«Nós sentimos a crise, como todas as empresas e as equipas de ciclismo. Tivemos a sorte de ter patrocinadores que apostaram em nós», reconheceu o diretor desportivo da Efapel-Glassdrive.
Carlos Pereira confirmou que o planeamento da temporada é «basicamente o mesmo» do ano passado, com as aventuras nacionais a serem acompanhadas por provas em Espanha, entre as que se destacam a Volta a Castela-Leão, a Volta a Madrid e a Volta às Astúrias.