A Zâmbia conquistou hoje pela primeira vez a Taça das Nações Africanas de futebol (CAN), mas só após 18 grandes penalidades, num emocionante desempate (8-7) de uma partida e prolongamento sem qualquer golo, em Libreville.
Sunzu, já depois de falhanços do costa-marfinense Kolo Touré e do zambiano Kalaba, converteu o penalti decisivo, aproveitando da melhor forma o facto de o costa-marfinense Gervinho também ter atirado por cima.
Foi a 10.ª final da CAN decidida na ''lotaria'' dos penaltis, embora pela primeira vez sem golos no tempo regulamentar, também por culpa de Drogba, que desperdiçou uma grande penalidade, aos 70 minutos.
Os ''Chipolopolo'' (Balas de Cobre) conseguiram assim o seu primeiro título continental, em 15 presenças em fases finais, sucedendo ao ausente e tricampeão Egito, e negaram o segundo troféu aos ''Elefantes'', que conquistaram o seu único título há 20 anos e tinham estado presentes na final de 2006, na mesma cidade, Libreville, em que 18 internacionais zambianos morreram em 1993 num desastre de avião.
A Zâmbia entrou em jogo mais atrevida do que a favorita Costa do Marfim e criou um par de oportunidades, com o seu jogo apoiado para ultrapassar os mais físicos ''Elefantes'', que só à meia-hora de jogo se abeiraram da baliza contrária com verdadeiro perigo, mas o remate de Yaya Touré, assistido por Drogba, ''raspou'' no poste.
Contudo, o encontro foi-se desenrolando sob o signo das cautelas, com ambas as equipas a povoarem mais as áreas defensivas do que os ataques.
As raras oportunidades de golo surgiram de remates de longe, mas sempre sem a pontaria adequada.
A 20 minutos do fim do tempo regulamentar a Costa do Marfim teve a sua melhor oportunidade para ganhar vantagem, numa grande penalidade cometida por Chansa sobre Gervinho, mas Drogba, na conversão, atirou por cima da barra.
O costa-marfinense Gradel, já nos derradeiros minutos, também dispôs de excelente ocasião para marcar, mas atirou ligeiramente ao lado.
No prolongamento, o “capitão” zambiano, Chris Katongo, ainda viu o poste devolver-lhe a bola e o franzino, mas inspirado, Kalaba voltou a testar a meia-distância, tal como o costa-marfinense Ya Konan, mas ambos falharam o alvo por pouco até que tudo se decidiu nos penaltis.
Drogba redimiu-se do falhanço anterior, mas Gervinho claudicou, à semelhança de Kolo Touré.