O governo italiano, chefiado por Mario Monti, negou hoje autorização à apresentação da candidatura de Roma aos Jogos Olímpicos de 2020, devido à crise económica.
No final de um Conselho de Ministros, Monti considerou uma irresponsabilidade gastar verbas com a candidatura olímpica e manifestou a indisponibilidade do governo para disponibilizar a garantia financeira exigida pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
Monti elogiou o projeto apresentado pelo comité de candidatura, mas referiu que o executivo não está em condições de assumir “um compromisso financeiro” que poderia pesar nas finanças do país.
“O COI pede que o governo do país da cidade candidata assuma um compromisso de garantia financeira e se comprometa a cobrir eventuais défices. O nosso governo refletiu e chegou à conclusão unânime de que seria irresponsável assumir este compromisso”, disse Monti.
Roma, que já recebeu os Jogos Olímpicos em 1960, fica fora da corrida a 2020, na qual estão as cidades de Madrid, Doha, Istambul, Tóquio e Baku.
As cidades candidatas devem entregar ao COI até quarta-feira informação sobre financiamento governamental e dados detalhados sobre temas como alojamento, transportes, serviços médicos, entre outros.
De acordo com as previsões, os Jogos Olímpicos teriam um custo de 9,8 mil milhões de euros, dos quais 8,4 seriam suportados pelo estado italiano.