O candidato à presidência do Vitória de Guimarães Pinto Brasil afirmou hoje que o clube, sexto classificado da Liga de futebol, tem que cortar muitos gastos e profissionalizar a sua gestão para garantir a sobrevivência.
Pinto Brasil falava no final de uma reunião que teve com o ainda vice-presidente do pelouro financeiro, Luciano Baltar, com o objetivo de se inteirar da situação do clube, tendo confirmado o aumento do passivo em cerca de quatro milhões de euros, que ronda atualmente os 19 milhões.
''Mostraram-nos as contas todas, o passivo aumentou significativamente e há contas de curto prazo que é preciso resolver, porque é isso que está a asfixiar a gestão do dia-a-dia do Vitória'', disse.
Pinto Brasil assegurou que a atual situação financeira do clube não o afasta do propósito de se candidatar, mas vincou a ideia de que ''precisa de alguém que faça uma gestão profissional, é tudo uma questão de gestão''.
O empresário criticou a direção demissionária, apontando o dedo ao ''orçamento ridículo'' apresentado para esta temporada.
''Este clube só tem hipóteses de continuar se começar a cortar todos os gastos do dia-a-dia que são desnecessários, como ainda agora vi. Foi feito um orçamento ridículo, o Vitória não pode ter um orçamento de 15 milhões, no máximo dos máximos, de oito milhões. Vejam a diferença, assim isto tem que entrar em rutura. O Vitória está quase a bater no fundo'', avisou.
O candidato voltou a defender a ideia de uma sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ), em vez de uma sociedade anónima desportiva (SAD).
Com uma SDUQ, Pinto Brasil refere que o Vitória ''terá 100 por cento das ações'' e ''a massa associativa gosta que o clube seja dos sócios'', além de que ''só haverá um administrador e na SAD terá que haver cinco''.
Contudo, abriu portas para a criação de uma SAD, mas sujeita ao controlo do clube. ''Se um dia tiver que haver uma SAD, o Vitória tem que ter 51 por cento para mandar''.
''O Vitória tem que deixar de ser um clube para arranjar emprego, anda aqui muita gente para isso, mas isso tem que acabar de uma vez por todas. É preciso entrar alguém que pare com isso tudo, que faça uma limpeza'', concluiu.