O FC Porto foi hoje à Luz vencer o Benfica por 3-2, em jogo da 21ª jornada da Liga portuguesa de futebol, e o ''bilhete'' para o título, agora mais próximo, veio de Miami para Lisboa na mão de James.
O jovem colombiano, que esteve ao serviço da sua seleção, jogando 80 minutos na vitória sobre o México, chegou hoje de manhã a Lisboa, acabando por ter um papel decisivo no triunfo portista.
O minuto 58, em que entrou em campo a substituir Rolando - recuando Djalma para lateral direito e derivando Maicon para central -, uma viragem numa altura do jogo em que tudo parecia correr de feição ao Benfica.
A equipa de Jesus iniciou a segunda parte praticamente a vencer, com o segundo golo de Cardozo, a colocá-la pela primeira vez em vantagem (2-1), dando o melhor seguimento de cabeça a um livre de Aimar, golo teve o condão de galvanizar os seus jogadores e empurrar o FC Porto para ''as cordas''.
No entanto, três minutos depois, aos 51, a primeira contrariedade: Aimar lesiona-se e é substituído por Rodrigo, retirando ao Benfica a sua referência em termos de organização e definição do último passe.
Segunda ''contrariedade'': aos 58 minutos, Vítor Pereira lança James em campo, numa altura em que o FC Porto estava em sérias dificuldades, com o colombiano a assinar o 2-2 seis minutos depois, num lance de contra-ataque, em reposta a uma situação de superioridade numérica (3x2) que o Benfica não soube aproveitar na área portista.
Este grande golo de James abalou animicamente a equipa do Benfica, que ainda tentou reagir em busca do terceiro golo, mas à medida que o tempo passava sobreveio uma quebra física indisfarçável dos jogadores do Benfica ao mesmo tempo que o FC Porto pareceu ''renascer das cinzas''.
Até final, o Benfica foi uma equipa ''em perda'', agravado com a expulsão de Emerson, que viu o segundo amarelo aos 77 minutos, ao travar Hulk, e quando o 2-2 parecia o ''mal menor'', eis que Maicon, em posição irregular, a dois minutos do fim, deu o triunfo ao FC Porto.
De resto, a equipa portista criou grandes dificuldades ao Benfica durante toda a primeira parte, em particular na primeira meia hora, ao apresentar desde o início um bloco curto e subido no terreno, o que teve o condão de neutralizar aquele que é o ponto forte dos encarnados, ou seja, as rápidas transições ofensivas.
É claro que a jogar com o bloco assim tão coeso e a pressionar alto logo no meio campo “encarnado”, as costas da defesa portista ficaram mais expostas pelos trinta metros que separavam Helton da linha defensiva, mas surtiu o efeito pretendido por Vítor Pereira, bloqueando as saídas para o ataque encarnado.
Garay, Luisão, Javi e Witsel eram barrados logo na primeira fase de jogo, sendo obrigados a atrasar para Artur ou a cometer erros, sob pressão, que era feita logo pelo primeiro ''defesa'' portista, Marc Janko, com toda a equipa a acompanhá-lo em bloco, impedindo o Benfica de colocar a bola jogável no último terço do campo, onde a versatilidade e qualidade técnica de Aimar, Nolito, e Gaitán podiam criar desequilíbrios e fazer a diferença.
A complicar a situação do Benfica, que entrou muito mal no jogo, por ''culpa'' do FC Porto, Hulk, num rasgo de inspiração, arrancou um ''bomba'' de fora da área logo aos 07 minutos, que bateu Artur, num lance em que ficou a sensação de que o guarda-redes podia ter feito mais para parar o remate, visto que estava no enfiamento deste, embora a trajetória instável da bola possa servir de atenuante.
Só por volta da meia hora é que o Benfica começou a conseguir soltar-se do espartilho do bloco alto do FC Porto, que foi perdendo intensidade no ''pressing'', e a assentar o seu futebol apoiado e a conferir-lhe, finalmente, profundidade, sinónimo de perigo para as redes de Helton.
Aos 23 minutos, Cardozo dispôs de oportunidade soberana, num lance mais feliz do que criado, após um ''balão'' de Gaitán, chutando de forma displicente contra Helton, mas aos 33, o mesmo Gaitán colocou a bola milimetricamente na cabeça de Aimar na pequena área, mas a bola apanhou o corpo do guarda-redes portista na sua trajetória.
O Benfica estava em nítido crescendo e à beira do intervalo, aos 41 minutos, com alguma felicidade no ressalto, Cardozo restabeleceu a igualdade e colocou tudo em aberto para a segunda parte.
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