O México vai funcionar como um “balão de ensaio” para o Rali de Portugal, admitiu o piloto português Armindo Araújo, mas sem se afastar um milímetro do objetivo de pontuar na terceira prova do Campeonato do Mundo.
«Este Rali do México vai ser um balão de ensaio e vamos tirar daqui algumas conclusões que nos poderão ser úteis na próxima prova. Sem dúvida que muito daquilo que iremos fazer no México em termos de afinações tentaremos utilizar no Rali de Portugal», disse o piloto em declarações à agência Lusa.
O bicampeão mundial de Produção lembrou que o Rali de Portugal, a disputar entre 29 de março e 01 de abril, «é uma prova especial» e encara o México, que arranca na quinta-feira com uma curta super especial, como o cenário ideal para «preparar da melhor forma» o rali português.
Armindo Araújo não abdica também de recolocar o Mini JCW WRC no “top ten”, depois do 15.º lugar no difícil Rali da Suécia, procurando reeditar o desempenho de Monte Carlo, prova de abertura do Mundial, que o piloto português terminou no 10.º lugar.
«É um rali do qual tenho boas recordações. Quando o corri na Produção venci em 2010. Agora, na categoria máxima, os nossos objetivos passam por terminar todas as provas do campeonato dentro do ‘top ten’ e é isso que vamos tentar fazer aqui no México», assinalou.
Apesar de «a base do rali se ter mantido», o piloto português observou que o percurso sofreu «algumas modificações», com troços mais longos, lamentando não ter tido a possibilidade de efetuar reconhecimentos, uma «contingência do projeto para este ano».
«Vamos ter que entrar no rali de forma muito calculista e tentar arranjar o melhor acerto, visto não termos feito qualquer tipo de teste. Depois, a melhor estratégia é andar rápido e evitar a todo o custo qualquer tipo de erro ou furos», sustentou.
Armindo Araújo advertiu que os pilotos terão de se habituar à nova realidade preconizada pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), que quer promover o regresso ao passado nos ralis, «tornando-os mais duros e menos rápidos, até com a introdução de alguns troços noturnos».
O francês Sébastien Loeb, líder do campeonato de 2012, volta a renuir o favoritismo para a vitória no México, mas o piloto português gostaria de ver o octocampeão mundial ao volante de um carro menos competitivo do que o Citroen DS3 WRC.
«O Loeb já está na frente e penso que continuará. Pena é não podermos ver o Loeb numa equipa com menos recursos para vermos se conseguiria fazer a diferença. Não lhe quero tirar mérito, mas o conjunto em que está inserido é fortíssimo e muito difícil de bater», sustentou.