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AG Liga: Clubes ponderam recorrer aos tribunais para impugnar a decisão

Os clubes de futebol que votaram contra o alargamento da Liga a 18 clubes, acrescida de isenção de penalização com descida aos dois últimos classificados da atual época desportiva, ponderam recorrer aos tribunais para impugnar a decisão.

AG Liga: Clubes ponderam recorrer aos tribunais para impugnar a decisão
Futebol 365

''Penso que esta solução não terá colhimento na federação, no Conselho Nacional de Desporto (CND) e, eventualmente, nos tribunais para os sócios que quiserem impugnar, incluindo o Sporting. Penso que esta ilegalidade não vai passar'', disse Luís Duque, administrador da SAD do Sporting.

O dirigente leonino foi cáustico: ''O Sporting claro que votou contra, porque a meio da época não se alteram as regras. O que se aprovou é ilegal. Aprovou-se um alargamento para vigorar já na presente época. Na prática, não desce ninguém. Isso vicia e pode pôr em causa a verdade desportiva. É ilegal e uma questão que deve ser discutida''.

Segundo Luís Duque, o Sporting está ''disponível'' para uma solução, mas não a que foi encontrada, pois ''põe em causa a credibilidade de todo o edifício do futebol português''.

''Imagine-se nesta altura dizer que ninguém vai descer. Não acredito que passe no CND e, última instância, nos tribunais'', concluiu.

Rui Alves, presidente do Nacional, foi outro a denunciar a ''caldeirada'': ''Não é admissível que uma competição desportiva se dispute sem penalização e valorizado o mérito desportivo''.

''O quadro de alterações para ter efeito deveria ser aprovado por unanimidade, mas um conjunto de clubes que envergonham o futebol nacional produziu nos bastidores todo um conjunto de atuações no sentido de perverter a integridade da competição, a verdade desportiva'', acusou.

Rui Alves garante que o Nacional vai ''impugnar todos os pontos desta assembleia geral'', mesmo não acreditando que a federação ''possa viabilizar esta autentica vergonha no futebol nacional, sem penalização para os que falham''.

''A integridade das competições é valor sagrado. Saio daqui envergonhado. Há dirigentes que de facto deveriam ter vergonha de andar no desporto. Não é nisto que me revejo. Existem condições para os clubes que votaram contra esta vergonha se unirem'', vincou.

O dirigente responsabilizou os presidentes da direção e assembleia geral, Mário Figueiredo e André Dinis Carvalho, pela ''tamanha ilegalidade''.

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