A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) apelou à ratificação do regulamento que reforça as penalizações das declarações injuriosas feitas aos juízes antes e após os jogos, no seguimento da queixa apresentada pelo assistente do Benfica-FC Porto.
Em comunicado a APAF, reagiu à queixa apresentada pelo árbitro assistente Ricardo Santos ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), relativamente às declarações de que foi alvo após o jogo Benfica-FC Porto (3-2), a contar para a 21.ª jornada da Liga em futebol.
“[A APAF] lamenta que o regulamento disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), aprovado no ano passado – que reforça as penalizações relativas a declarações que possam ser consideradas injuriosas feitas antes ou após os jogos – não esteja em vigor por falta de ratificação da Assembleia-Geral da FPF”, pode ler-se no documento.
Em causa estão as declarações do treinador do Benfica, Jorge Jesus, que acusou o árbitro assistente do “clássico” de não ter assinalado um fora de jogo, na jogada do golo “azul e branco” de Maicon, “porque não quis”.
“No terceiro golo do FC Porto, o Maicon estava fora de jogo. Eu no banco vi logo. Não entendo como é que o árbitro auxiliar não vê. Os jogadores do Benfica não mereciam ter saído daqui para perder. O Benfica foi atraiçoado por lances alheios ao jogo. Se o árbitro assistente não assinalou, não foi porque não viu, foi porque não quis”, disse Jorge Jesus após o jogo, disputado a 02 de março, no Estádio da Luz.
A APAF manifestou-se solidária com o seu associado, reiterando o seu apoio “a qualquer árbitro que considere ofendido o seu bom nome e a sua honra”.
Neste sentido, a APAF apela à Direção da FPF que seja agendada a ratificação, na primeira AG realizada durante o mandato dos novos corpos sociais, para que o regulamento possa entrar em vigor na próxima época.
No final do documento, a APAF apela à “contenção verba” e ao “respeito” que deve ser dado aos árbitros e à arbitragem.