Liga Campeões: Benfica e o «desejado» Chelsea, gigantes espanhóis evitam-se

O sorteio da “Champions”, realizado na sede da UEFA, em Nyon, ditou assim a visita dos “blues” de Londres ao Estádio da Luz, em 27 de março, já sem Villas-Boas no comando técnico e em quinto lugar da “Premiership”, para desagrado do dono e milionário russo Abramovich.

O técnico “encarnado” tinha manifestado a vontade de enfrentar um clube inglês por considerar que o jogo da equipa se adequa àqueles adversários, como comprova o recente primeiro posto num grupo que contava com o Manchester United, por exemplo.

O Benfica, embora ainda na luta pelo título nacional com FC Porto e Sporting de Braga, pode aspirar à presença nas “meias” da prova continental, mas terá de ter redobrados cuidados defensivos face ao experiente avançado costa-marfinense Drogba, um dos líderes do balneário do Chelsea, a par de John Terry ou Frank Lampard.

Para manter a esperança acesa, os “encarnados” deverão concentrar-se em não sofrer golos em casa para depois tentarem resolver a eliminatória em Stamford Bridge, a 04 de abril, frente aos lusos Raul Meireles, Bosingwa, Paulo Ferreira ou Hilário, além das antigas “águias”, os brasileiros David Luiz e Ramires.

Em caso de sucesso, embora o Chelsea tenha conseguido reverter um 1-3 em Nápoles para um 4-1 caseiro, na fase anterior, os “encarnados” terão depois de enfrentar, nas “meias”, o vencedor da eliminatória entre o campeão em título, FC Barcelona, e o AC Milan, sete vezes campeão europeu.

O campeão italiano e líder da “Serie A” tem no avançado sueco Ibrahimovic a sua grande figura, mas o jogo hipnotizante do “Barça”, liderado pelo argentino Messi, melhor marcador da prova e autor de uma inédita “manita” (cinco golos) frente ao Bayer Leverkusen, faz tremer qualquer adversário.

Contudo, na fase de grupos, os “rossoneri” conseguiram um empate a dois golos em Camp Nou e foram batidos pela margem mínima em Milão (2-3).

Já os “merengues” de Mourinho, Pepe, Ricardo Carvalho, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo, em busca do 10.º cetro continental e isolados no topo da Liga espanhola, deslocam-se ao Chipre para defrontar o surpreendente APOEL, dos compatriotas Paulo Jorge, Nuno Morais e Hélio Pinto.

Comprovando-se o enorme favoritismo diante do APOEL, primeira equipa cipriota a chegar a fase tão adiantada da competição, o Real Madrid irá cruzar-se nas meias-finais, agendadas para 17 e 18 e 24 e 25 de abril, com o vencedor do confronto entre os franceses do Olympique Marselha e os alemães do Bayern Munique.

Com o estímulo da final marcada para 19 de maio em sua casa, os bávaros, finalistas em 2010 e campeões continentais noutras quatro ocasiões, deram uma amostra do seu poderio com a goleada imposta ao FC Basileia (7-0), com “poker” de Gomez, nos “oitavos” e também partem com maior ascendente face ao oitavo classificado da Liga francesa, embora “carrasco” do Inter Milão.