Dos 12 estádios em construção ou ampliação para os jogos do Mundial de futebol de 2014, metade possui menos de 50 por cento das obras executadas, segundo balanço divulgado hoje pelo Ministério do Desporto brasileiro.
A 800 dias do início da competição, as obras mais atrasadas foram registadas no estádio Arena das Dunas, na cidade de Natal, no nordeste brasileiro, que possui apenas 20,5 por cento de suas obras concluídas.
Segundo o balanço, a previsão é de que o estádio - que receberá quatro partidas do Mundial de 2014 - seja entregue em dezembro de 2013.
Em Porto Alegre, o estádio Beira Rio também não passou da marca dos 20 por cento de execução.
Já a Arena Amazônia, no estado de Manaus - que abrigará uma das partidas da seleção cabeça de chave do grupo E, normalmente uma das importantes equipas no torneio - apresenta 38 por cento das obras executadas. A previsão é de que o estádio seja entregue em junho de 2013.
A Arena de Pernambuco, no Recife, também no nordeste brasileiro, possui 32 por cento do cronograma executado. Além de receber cinco jogos do Mundial, é candidata a acolher jogos da Taça das Confederações, que ocorre em 2013.
Os dois estádios mais importantes - Maracanã, no Rio de Janeiro, e Itaquera, em São Paulo - possuem 39 e 30 por cento das obras concluídas, respetivamente.
Segundo o balanço oficial, o recinto mais adiantado é o de Fortaleza, na região nordeste do Brasil, que apresenta 60,4 por cento das obras executadas.
Em seguida, vêm o Fonte Nova, em Salvador, capital da Baía, o Mineirão, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, o Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília, todos com cerca de 55 por cento do cronograma já cumprido.
Outras obras que apresentam estágio mais avançado são as da Arena da Baixada, na cidade de Curitiba, no sul do Brasil, que recebe algumas adaptações para cumprir as exigências da FIFA.
Um dos principais atrasos nos preparativos do Mundial de 2014 está na falta de consenso em torno da Lei Geral da Copa, que ainda não foi aprovada.
Entre as medidas que geram maior polémica está a autorização de bebidas alcoólicas dentro dos estádios - uma exigência da FIFA, que contraria a legislação brasileira - e a venda de ingressos com descontos para idosos e estudantes.