Comité Olímpico Internacional (COI) considerou hoje com um “ato de barbaridade” o ataque bombista na Somália, que vitimou pelo menos quatro pessoas, entre as quais os presidentes do Comité Olímpico e da federação de futebol locais.
“Ambos estavam empenhados em melhorar a vida das pessoas da Somália através do desporto e nós condenamos fortemente esse ato de barbaridade. O nosso pensamento está com a comunidade desportiva somali, que perdeu dois grandes líderes, e com os familiares das vítimas”, referiu em comunicado o COI, que disse ter ficado “chocado ao saber do ataque terrorista”.
Os presidentes do Comité Olímpico da Somália, Aden Yabarow Wiish, e da Federação de Futebol, Said Mohamed Nur, morreram na sequência de um atentado suicida numa cerimónia no Teatro Nacional da Somália.
Segundo um porta-voz do primeiro-ministro somali, Abdiweli Mohamed Ali, quatro pessoas morreram no ataque suicida, numa cerimónia em que estava igualmente o primeiro-ministro, Avdiweli Mohamed Ali.
“É mais um dia negro para o futebol africano. É uma tragédia a Somália ter perdido um grande líder, que ativamente se dedicava ao desenvolvimento do futebol, apesar das difíceis condições”, disse Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol, depois de ter enviado as condolências às famílias das vítimas.
O desporto somali já tinha sofrido pelo menos dois ataques terroristas no último ano, o primeiro em outubro quando o secretário-geral da federação de futebol, Said Arab, e a seleção somali ficaram feridos na explosão de um carro em Mogadíscio, que vitimou 57 pessoas.
Mais tarde, um internacional sub-20 somali foi morto numa explosão e dois colegas de equipa ficaram feridos no regresso a casa após um treino.
A Somália estava a preparar-se para os Jogos Olímpicos Londres2012 e tentava repetir o feito das últimas quatro competições olímpicas em que, apesar do clima de instabilidade e violência no país, conseguiu a qualificação de alguns atletas.
A seleção de futebol somali falhou a qualificação para a próxima Taça das Nações Africanas (CAN), em 2013, assim como falhou a qualificação para o Mundial2014.