O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) escusou-se hoje a comentar um eventual caso de corrupção no jogo dos quartos de final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Marítimo, em dezembro último.
''Não conheço as notícias, isso para mim é um caso de polícia, portanto não irei comentar essa matéria. Não conheço o caso, a seu tempo poderei ver o que se passa para me poder pronunciar, hoje só falarei sobre a Taça da Liga'', disse Mário Figueiredo, em Coimbra.
Sem responder diretamente à questão, o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, salientou que ''são contra a ética no desporto fenómenos de corrupção, violência, dopagem e xenofobia''.
''Tudo o que coloca em causa a verdade desportiva é condenável e deve ser reprimido por quem de direito, apurando todos os factos'', sublinhou o governante, que marcou presença na conferência de imprensa
Os dois responsáveis falavam à margem da conferência de imprensa de apresentação da final da Taça da Liga, que se disputa no sábado em Coimbra, entre o Benfica e o Gil Vicente, numa cerimónia que também formalizou a adesão desta prova ao Plano Nacional para Ética do Desporto.
De acordo com o Diário de Notícias, a Policia Judiciaria está a investigar uma suspeita de corrupção ao ao auxiliar José Cardinal, que recebeu na sua conta bancária 2.000 euros em notas a poucos dias daquela partida.
O auxiliar estava nomeado para o jogo em questão, mas acabou por ser substituído pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Ainda segundo a noticia terá sido o próprio Sporting que, após receber uma denúncia, comunicou a situação ao presidente da FPF, Fernando Gomes, que posteriormente deu conta à Polícia Judiciaria e à Procuradoria-Geral da Republica.
O presidente do Sporting, Godinho Lopes, confirmou hoje que está a ser realizada uma investigação por suspeita de corrupção num jogo do clube leonino, escusando-se a revelar mais informações por o caso estar em segredo de justiça.