O auto-denominado ''Movimento de Clubes de Fátima'', que engloba 20 clubes das duas ligas de futebol profissional portuguesas, endereçou ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) uma proposta para o alargamento da competição.
Em comunicado, este ''Movimento de Clubes de Fátima'' esclarece que enviou à FPF uma proposta de solução para o alargamento da Liga portuguesa de futebol, efetuada na sequência da reunião realizada a 20 março, na sede da FPF, e enviada a 30 de março, por email, a Fernando Gomes, presidente federativo. Entretanto, a FPF revelou ter recebido o referido email.
Contactada pela agência Lusa, fonte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) frisou apenas que ''todos estes assuntos devem ser tratados com a máxima responsabilidade entre a FPF e a Liga, as únicas entidades com legitimidade para tal'', escusando-se a tecer mais comentários sobre o assunto.
No entanto, e segundo os regulamentos, a proposta enviada pelo movimento terá sempre de ser submetida à aprovação da Assembleia-Geral da LPFP e só depois poderá ser analisada pela FPF.
Daquele movimento fazem parte Marítimo, Olhanense, Gil Vicente, Rio Ave, Paços de Ferreira, Beira-Mar, Vitória de Setúbal, Feirense e União de Leiria, todos do primeiro escalão, bem como o Atlético, o Penafiel, o Arouca, o Santa Clara, a Oliveirense, o União da Madeira, o Belenenses, o Freamunde, o Sporting da Covilhã, o Trofense e o Portimonense.
Em 12 de março, a AG da Liga aprovou o alargamento da Liga já na próxima época sem despromoções à Liga de Honra, rejeitando a proposta de uma ''liguilha'' avançada pelo presidente da LPFP, Mário Figueiredo.
Após estas deliberações, a FPF “vetou” a proposta de alargamento da Liga sem descidas de divisão, por considerar que a mesma coloca em causa ''a verdade desportiva''.
Entretanto, FC Porto, Sporting e Nacional enviaram para a LPFP pedidos de impugnação das decisões tomadas nessa mesma AG, referentes ao alargamento do principal campeonato, e o organismo remeteu-os para o Conselho de Justiça (CJ) da FPF.
Para a próxima época está previsto o alargamento da Liga de Honra a 22 equipas, com a inclusão de seis equipas B, mas o protocolo que regula as relações entre LPFP e FPF ainda não foi alterado nesse sentido.
Por outro lado, as equipas que manifestaram intenção de inscrever equipas B podem recuar face à vontade de alguns clubes da Honra de quererem que uma percentagem das receitas televisivas dos jogos dessas equipas reverta a seu favor.
Em 2006, os quadros competitivos do futebol profissional foram reduzidos a 16 equipas em cada escalão.