O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse hoje que se houvesse justiça desportiva em Portugal, ''o Sporting já não estaria na Taça de Portugal'' em futebol.
O dirigente do clube madeirense abordou desta maneira o ''caso Cardinal'', tendo afirmado ainda que o departamento jurídico do Marítimo foi instruído no sentido de atuar quando lhe seja permitido.
''Se houvesse justiça desportiva, o Sporting já não estaria na Taça de Portugal. Não sei se é `caso Cardinal' ou `caso Paulo Pereira Cristóvão', mas a direção do Marítimo já deu instruções ao seu departamento jurídico para atuar quando for permitido'', disse Carlos Pereira, à margem de uma reunião mantida hoje com o secretário regional do Desporto da Madeira.
Carlos Pereira considera que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol já deveria ter aberto um inquérito: ''Era da mais elementar justiça que o Conselho de Disciplina da Federação tivesse aberto um inquérito para apurar responsabilidades e saber quem colocou à disposição o número da conta do árbitro para fazer o depósito. A seu tempo, o Marítimo agirá em conformidade''.
O dirigente classificou ainda ''lamentável'' o avanço e recuo de Paulo Pereira Cristóvão, quando suspendeu e decidiu retomar a vice-presidência do Sporting: ''Lamentável que estes avanços e recuos aconteçam numa instituição credível e que se façam este cenários''.
Na base do ''caso Cardinal'' está uma denúncia feita pelo Sporting à Federação Portuguesa de Futebol sobre um depósito de dois mil euros na conta do árbitro auxiliar de futebol José Cardinal, dias antes do encontro entre o Sporting e o Marítimo, dos quartos de final da Taça de Portugal.
Na sequência, foram constituídos três arguidos, o vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão, ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ), o elemento que segundo a denúncia estava a depositar dinheiro na conta do árbitro de futebol assistente e uma pessoa ligada profissionalmente ao dirigente ''leonino''.