A necessidade de agarrar e transportar alimentos ''raros e valiosos'' terá levado os antepassados da espécie humana a tornarem-se bípedes, libertando as mãos e os braços para outras atividades e permitindo o desenvolvimento do cérebro, revelou um estudo.
A investigação desenvolvida por um grupo de cientistas das universidades de Coimbra, Cambridge e Oxford começou por uma observação de chimpanzés na Guiné Conacri que detetou a adoção frequente da posição bípede (caminhar em dois pés) quando pretendiam carregar alimentos escassos e de que gostavam especialmente.
Uma das cientistas que participou no estudo, Eugénia Cunha, da Universidade de Coimbra, explicou hoje à agência Lusa que ''quando se trata de alimentos mais raros e mais difíceis de conseguir, adotavam mais frequentemente a posição bípede para conseguirem transportar o máximo possível, no mais curto espaço de tempo''.