A União de Leiria só evita a derrota por falta de comparência, domingo, na 28.ª jornada e antepenútima da Liga portuguesa de futebol, se alinhar com todos os jogadores que tem disponíveis e mesmo os lesionados.
Pelas leis de jogo, o clube pode começar com sete elementos em campo, e nenhum suplente, um quadro que até se antevê difícil de concretizar, após a rescisão de contrato coletiva, apresentada sexta-feira por 16 jogadores, que se juntam a cinco que antes tinham rescindido.
Restam no plantel oito jogadores, a maioria dos quais emprestados ou juniores, sendo que União de Leiria já não pode inscrever para o jogo mais nenhum outro jogador da formação - teria de o fazer no prazo regulamentar de três dias antes do jogo.
Dos oito jogadores, dois são guarda-redes e Gottardi está lesionado. Acresce a isso que o júnior Pedro Almeida está a recuperar de cirurgia e Marcos Paulo está ausente no Brasil e à partida não era considerado para este jogo. Restam o guarda-redes Oblak, cedido pelo Benfica, e os jogadores de campo Schaffer, Niklas, Djaniny e o júnior Filipe Oliveira.
Com quatro meses de salários em atraso, o plantel profissional da União de Leiria tinha uma greve marcada para os três últimos jogos do campeonato, a começar pelo de domingo, com o antepenúltimo classificado.
Com a falta de comparência, a União de Leiria descerá automaticamente de divisão - é a pena mais grave para aquela situação nas três últimas jornadas - além de ser derrotado no jogo e multado com uma pena até 50 mil euros.
Último classificado, com 19 pontos, a dois do penúltimo, que é o Feirense, e a quatro do primeiro acima da ''linha de água'', que é a Académica, a União de Leiria dificilmente ia conseguir travar, no campo desportivo, a despromoção.
Se a situação não se inverter, ficam em causa, ainda, os confrontos com Benfica e Nacional, nas duas últimas jornadas.
A União de Leiria só evitará o castigo disciplinar se a Liga considerar que a falta de comparência se justifica por caso de força maior, que terá de ser provado pelo clube.