As lojas do Pingo Doce estão a funcionar na normalidade, dois dias depois da campanha de promoção lançada no 1.º de Maio que levou a uma grande afluência aos supermercados, disse à Lusa fonte da empresa.
Questionada pela Lusa se ainda existe ruptura de 'stocks' de produtos na rede, fonte oficial disse que «as lojas do Pingo Doce estão a funcionar na normalidade» e que «não se verificam falhas assinaláveis de produtos».
Na quarta-feira, numa resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa, o grupo Jerónimo Martins considerou que a «acção comercial» que provocou no feriado uma corrida às suas lojas Pingo Doce foi «conseguida» e é uma das várias iniciativas do género previstas para este ano.
De acordo com fonte oficial, o objectivo deste tipo de acções comerciais do grupo é «reforçar as oportunidades de preço para os consumidores portugueses e, assim, apoiá-los na gestão de um orçamento familiar cada vez mais pressionado».
Negando que se tenha tratado de uma acção de ‘dumping’ – venda de produtos por preço inferior ao seu custo –, a mesma responsável disse que o que ocorreu foi a «oferta de uma vantagem aos consumidores» com compras de pelo menos 100 euros.
No entanto, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou que está a investigar se houve infracções, nomeadamente ‘dumping’.
A iniciativa, anunciada no próprio dia e apenas no interior das 369 lojas da marca no continente e na Madeira, levou a uma corrida dos consumidores para conseguirem o desconto de 50 por cento praticado nas compras superiores a uma centena de euros.
A grande afluência provocou pelo menos 50 situações, incluindo desacatos e agressões, em que foi pedida a intervenção da PSP e registaram-se mesmo dois feridos nessas ocorrências, segundo dados revelados pela própria polícia. A empresa chegou a anunciar o encerramento das lojas antes da hora prevista.
Esta foi o segundo ano consecutivo em que a rede Pingo Doce abriu as portas no dia 1 de Maio.