O presidente da Liga de Clubes de futebol, Mário Figueiredo, defendeu hoje a introdução de um segundo controlo de salários em atraso em abril, com a perda de três pontos para os clubes com incumprimento superiores a 60 dias.
“O que queremos implementar são mecanismos de maior controlo: um segundo controlo a meio da época que permita verificar entre outubro e abril que os clubes estão a pagar os salários aos jogadores e quem tiver salários em atraso superiores a 60 dias será punido, de acordo com os regulamentos, com a perda de três pontos”, disse Mário Figueiredo, em entrevista à TVI, comentando a situação em torno da União de Leiria.
O presidente da Liga voltou a atribuir as culpas pela má situação financeira à atual fórmula de distribuição dos direitos televisivos – negociação direta com cada clube -, acusando a Olivedesportos de ficar com a maior “fatia do bolo”, sensivelmente 26 milhões de euros, dos 90 milhões faturados nos últimos três anos.
Além de ter defendido o alargamento para 18 clubes do principal escalão do futebol português, Mário Figueiredo referiu que terá de haver “maior democracia” e uma centralização na Liga da negociação dos direitos televisivos, para que haja uma maior repartição de verbas pelos clubes, sobretudo os de menor expressão desportiva.