Liga (balanço): Beira-Mar concretiza objetivos, ao garantir manutenção

Numa temporada em que enfrentou algumas dificuldades a nível desportivo, a formação aveirense conseguiu, à 28.ª jornada, confirmar o propósito para a temporada, que encerrou com oito vitórias, cinco empates e 17 derrotas.

Os ''aurinegros'' mudaram de treinador após a 20.ª jornada, com Ulisses Morais a substituir Rui Bento, que se demitiu após derrota caseira frente ao Vitória de Setúbal, por 3-2, deixando a equipa na 14.ª posição, a um ponto da zona de despromoção.

No plantel, destacaram-se o médio Artur, o melhor marcador da equipa, com cinco golos, a par do avançado chinês Zhang e do defesa Yohan Tavares, que confirmou a titularidade no centro da defesa, junto ao ''veterano'' Hugo.

Do lado das deceções, os avançados Cássio e Dudu não se conseguiram afirmar, tal como o avançado Cristiano, que deixou o clube após um processo disciplinar, em janeiro, numa altura em que tinha dois golos marcados.

A equipa apresentou maiores debilidades no setor ofensivo, registando o terceiro pior ataque da prova, com 26 golos marcados, mas terminou como a quinta melhor defesa, a par com o Marítimo, do Olhanense e da Académica, com 38 golos sofridos.

O Beira-Mar conseguiu mesmo o feito de ser a melhor defesa do campeonato à passagem da 11.ª jornada, com seis golos sofridos, nunca esteve abaixo da “linha de água” e alcançou a melhor classificação com o quinto lugar, na terceira jornada.

A melhor série do clube foram duas vitórias seguidas, enquanto a pior foram oito jogos sem vencer, num campeonato em que não tirou partido do fator casa, conquistando mais pontos fora do que no seu estádio (15 contra 14).

As vitórias mais expressivas (3-0) aconteceram fora, em Guimarães e Paços de Ferreira, enquanto a derrota mais pesada aconteceu face ao Rio Ave (4-0), já com Ulisses Morais no comando técnico da equipa.

No plano diretivo, o clube constituiu uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD) no início da temporada, tendo o iraniano Majid Pishyar como acionista maioritário, com 85 por cento do capital.

Após a falência do Servette, clube suíço proprietário do investidor, colocou-se a hipótese da saída de Pishyar, cenário desmentido, na altura, pela direção e que não se confirmou até à data.