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Europeu 1968: Itália escolheu a face certa da moeda

A opção entre “cara” e “coroa” foi decisiva para atribuir o título europeu de futebol de 1968, conquistado pela anfitriã Itália, que eliminou a União Soviética por “moeda ao ar”, antes de superar a Jugoslávia numa finalíssima.

Europeu 1968: Itália escolheu a face certa da moeda
Futebol 365

Em Nápoles, numa meia-final equilibrada, com escassas ocasiões e sem golos em 120 minutos, foi uma moeda de uma lira que impediu os soviéticos de manter o pleno de finais, depois do título de 1960 e da “prata” de 1964.

O selecionador Ferruccio Valcareggi havia anunciado antes do jogo que a União Soviética não era imbatível, mas não confirmou em campo a sua teoria: valeu-lhe que o “capitão” Giancinto Facchetti escolheu “cara”.

Os italianos chegaram à final como favoritos, mas, desfalcados de alguns elementos importantes, voltaram a não convencer e, no Estádio Olímpico de Roma, o seu “catenaccio” esteve perto da derrota.

A Jugoslávia, “vice” em 1960, adiantou-se aos 39 minutos, por intermédio de Dragan Dzajic, e esteve em vantagem até 10 minutos do final, altura em que um livre directo de Angelo Domenghini empatou o jogo.

A atribuição do título foi remetida para um jogo de repetição, no qual a Itália se impôs, agora, de forma clara, por 2-0, com golos de Luigi Riva (12 minutos) e Pietro Anastasi (31).

Na finalíssima, a Itália já pôde apresentar a sua melhor equipa: Sandro Mazzola, Luigi Riva, Roberto Rosato, Sandro Salvadore e Giancarlo De Sisti regressaram e foram decisivos, tal como o guarda-redes Dino Zoff e Facchetti.

A Jugoslávia, de Rajko Mitic, teve de contentar-se com a segunda medalha de prata, sendo que atingiu a final depois de bater nas “meias” a Inglaterra, por 1-0, com um tento de Dzajic, a escassos quatro minutos do final.

Os ingleses, então detentores do título mundial – haviam vencido em casa, em 1966 -, acabariam em terceiro, ao baterem a frustrada União Soviética por 2-0, com golos de Bobby Charlton (39 minutos) e Geoff Hurst (63).

O Europeu de 1968 registou a mais baixa média de golos numa fase final (1,4 tentos por encontro), ao serem apontados apenas sete, em cinco jogos, e apenas um jogador logrou “bisar”: Dragan Dzajic, autor dos dois tentos da Jugoslávia.

A Itália, que já tinha ganho dois Mundiais (1934 e 1938) e veio a conquistar outros dois (1982 e 2006), conseguiu em 1968 o que é ainda o seu único título europeu.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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