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FIFA: 84 casos de mortes súbita de jogadores de futebol nos úlitmos cinco

Médicos especialistas da FIFA informaram hoje que nos últimos cinco anos contabilizaram, em todo o mundo, a morte de 84 jogadores de futebol enquanto treinavam ou disputavam jogos, devido a problemas cardíacos.

FIFA: 84 casos de mortes súbita de jogadores de futebol nos úlitmos cinco
Futebol 365

Os dados foram compilados pela comissão médica da FIFA com informações remetidas por 129 das 208 federações associadas ao organismo e é um ponto de partida para criar um registo detalhado que possa servir para prevenir futuras mortes.

A média de idade dos futebolistas era de 24,9 anos e até agora só 19 federações nacionais tinham um registo médico sobre este tipo de mortes, pelo que este número não indica o total de todos os futebolistas afetados, mas somente aqueles casos que foram registados.

“Este é um ponto de partida, a partir de agora cada membro associado vai registar este tipo de incidentes e informar-nos para que possamos analisar quais são as patologias por detrás da morte”, sublinhou Jiri Dvorak, responsável pelo gabinete médico da FIFA e presidente do seu Centro de Avaliação e Investigação Médica.

Através da criação de um registo internacional unificado, Dvorak, que falava durante o congresso médico da FIFA, que hoje termina em Budapeste, destacou que se poderá conhecer melhor as causas das mortes e o que se poderá prevenir para que estas não sucedam.

Um grande problema relacionado com as mortes súbitas é que só em 55 por cento dos jogos de futebol, a uma escala global, há um desfibrilador, número que em caso de treinos se resume a 28 por cento, de acordo com dados da FIFA.

“Ter um desfibrilador em cada campo é uma questão de vida ou morte”, ressalvou o presidente da Comissão Médica da FIFA, Michel D’Hooghe, que anunciou que pedirá ao Comité Executivo que a presença de estes aparelhos seja obrigatória em todos terrenos de jogo.

A morte súbita como as que sofreram o antigo jogador do Sevilha Antonio Puerta, ou o camaronês Marc-Vivien Foé também se pode reduzir com exaustivos controlos médicos aos futebolitas antes de cada torneio ou jogo importante, ainda que tal não elimine de todo o risco de sofrer uma paragem cardíaca, segundo Dvorak.

O último caso mediático de morte súbita, ocorreu a 14 de Abril, quando o médio italiano Piermario Morosini, do Livorno, de 25 anos, morreu no hospital para onde foi transferido depois de ter sofrido uma paragem cardíaca em pleno jogo da Serie B italiana de futebol.

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