A Grécia, dirigida pelo treinador português Fernando Santos, conseguiu hoje que os seus conterrâneos esquecessem a crise, com uma exibição consistente e uma vitória algo inesperada sobre a Rússia, rumo aos “quartos” do Euro2012 de futebol.
Os russos, apontados com alguma ousadia como potenciais candidatos ao título, deram provas do contrário: com 45 minutos para recuperar de um golo de desvantagem, mostraram poucas soluções e nenhuma criatividade, dispondo apenas de um par de oportunidades criadas em desespero.
O médio Karagounis, autor do único golo do encontro, em “cima” do intervalo (45+2), não poderá jogar os quartos de final, por acumulação de amarelos, mas foi a imagem maior da determinação de uma equipa que vingou pela disciplina e sacrifício.
O golo do ex-benfiquista e antigo campeão europeu (em 2004), revelou diversas debilidades dos russos, que quase não conseguiram reagir em todos o segundo tempo.
A primeira ocasião do jogo pertenceu aos gregos, quando Katsouranis (outro ex-benfiquista) apareceu, aos seis minutos, a desviar a bola de cabeça na pequena área de Malafeev, obrigando o guarda-redes a uma grande defesa, após um canto na direita.
Os russos responderam através de ocasiões criadas por Arshavin (10 minutos), Kerzhakov (13) e Zirkhov (17 e 40), parecendo que a equipa de Dick Advocaat estava na posse de todas as soluções para impedir que os gregos se afoitassem junto da sua área.
Mas, um mau alívio da defesa, já nos descontos da primeira parte, permitiu que Karagounis escapasse a esse controlo e, isolado, “fuzilasse” Malafeev, inaugurando o marcador.
À entrada da segunda parte, o experiente treinador holandês da Rússia substituiu o ponta de lança, trocando Kerzhakov por Pavlyuchenko, mas os russos precisaram de 11 minutos para voltar a ameaçar o guardião Sifakis, com Denisov a rematar desde a “meia lua”, mas para fora.
Prevalecia, então, a tranquilidade grega, que se podia ter traduzido em novo golo quando se registava uma hora de jogo, primeiro por Gekas, que chegou atrasado a um cruzamento, e depois por Karagounis, num lance em que ficou a reclamar penálti, com o árbitro a entender que o grego simulou a falta.
Com os russos sem soluções para alterar o rumo do jogo, foi novamente o conjunto de Fernando Santos que, aos 70 minutos, esteve perto do segundo golo, com um “disparo” de Tzavellas, de livre, que fez o poste tremer.
Apenas aos 84 minutos, e já com o sportinguista Izmailov em campo, é que os russos dispuseram de uma oportunidade de golo digna desse nome no segundo tempo, quando Dzagoev fez a bola passar a centímetros do poste, num desvio de cabeça.
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