O primeiro-ministro britânico, David Cameron, observou hoje, com ironia, que reavaliará o apoio à tecnologia da linha de golo no futebol, depois de a Inglaterra ter beneficiado de um erro de arbitragem no jogo do Euro2012 com a Ucrânia.
“Lembro-me de pensar que era uma boa tecnologia quando o Frank Lampard ficou desapontado no último jogo com a Alemanha. Agora, tenho que refletir um pouco, mas não devo dar uma volta de 360 graus”, disse Cameron, à margem da Cimeira do G20, que decorre no México.
A Inglaterra venceu a Ucrânia na por 1-0 e qualificou-se para os quartos de final do Euro2012, mas a seleção anfitriã marcou um golo aos 62 minutos que não foi validado pelo árbitro húngaro Viktor Kassai, apesar de a bola ter ultrapassado na totalidade a linha de baliza.
Cameron lembrou uma situação semelhante no encontro entre a Inglaterra e a Alemanha do Mundial de 2010, no qual o médio inglês Lampard marcou um golo que colocaria o resultado em 2-2, mas que também não foi validado. A Alemanha venceu o jogo por 4-1 e qualificou-se para os quartos de final.
A comunicação social ucraniana é que não perdoa a Kassai, com o site sport.ua a acusar o árbitro húngaro de ter “roubado um golo a Devic e a hipótese de a Ucrânia vencer a Inglaterra”, assinalando que o juiz da partida “não quis ver” que a bola entrou na baliza inglesa.
“O jogo foi decidido por um erro grosseiro dos árbitros”, denuncia o jornal Sport-Express, enquanto o diário Segodnia pergunta: “Para que servem tantos árbitros assistentes?”.