O Governo Regional dos Açores reduziu pelo terceiro ano consecutivo o orçamento dos contratos-programa destinados à promoção da marca ''Açores'' e, na próxima época desportiva, o corte é na ordem dos 15 por cento.
O Santa Clara, que compete na Liga de Honra de futebol, é o clube que mais beneficia destes apoios e, em 2010, recebeu cerca de 2,2 milhões de euros, mas, na próxima época, receberá apenas 1,6 milhões.
Só no ano passado o Governo Regional dos Açores reduziu o apoio ao Santa Clara em 330.000 euros e para a próxima época a redução será de 280.000 euros, ou seja, são menos cerca de 600.000 euros em apenas três épocas desportivas.
Segundo o presidente do Clube Desportivo Santa Clara, a redução de verbas atingiu os limites da razoabilidade.
''Há um determinado patamar em que não é possível fazer milagres. Então é retirar tudo, fecha-se a porta e entrega-se a chave a quem de direito. A verdade é que se o suporte continuar a descer por aí abaixo vamos chegar a uma altura em que não há hipóteses, não temos condições nenhumas'', admitiu Mário Batista.
Para o presidente, a situação complica-se quando ''não há tecido empresarial na economia que consiga suportar isto'', acrescentando que ''os empresários não estão virados para aí'' no que toca a apoiar monetariamente a formação de Ponta Delgada.
Mas o Santa Clara não será o único a sofrer com as reduções, pois Operário e Lusitânia, que competem na II divisão, vão receber apenas 115.000 euros, uma redução de cerca de 20.000.
O decréscimo de verbas abrange ainda outros clubes e outras modalidades, como é o caso da Fonte do Bastardo (Voleibol), Candelária (Hóquei em Patins), Sporting da Horta (Andebol), a equipa de basquetebol do Lusitânia e a equipa de Futsal do Operário, que serão contemplados com 150.000 euros, menos 28.000 euros do que receberam em 2011.