O treinador português Augusto Inácio rescindiu hoje contrato com o Vaslui, tendo o clube assumido o pagamento de dois salários em atraso e de parte do prémio pelo segundo lugar na Liga romena de futebol.
“Chegámos a um acordo dentro daquilo que o clube perspetivava, e eu também”, disse Augusto Inácio, em declarações à agência Lusa, acrescentando: “Vão pagar-me dois salários em atraso, e o que faltava dos 50 por cento do prémio pelo segundo lugar na Liga romena”.
Augusto Inácio garantiu o acordo, que lhe permite receber as verbas devidas até ao último dia que trabalhou, foi conseguido num “clima amigável”.
“Quando há uma opinião diferente de parte a parte não quer dizer que as pessoas fiquem inimigas”, afirmou Inácio, que assumiu o comando técnico do Vaslui em janeiro, com um contrato de uma época e meia.
Inácio desmentiu notícias que davam conta de um clima de tensão, garantindo: “Sempre me senti acarinhado, em segurança, sempre andei à vontade na rua, sempre fui bem tratado pelo presidente e pelos diretores. Hoje mesmo na saída, houve pessoas que me vieram cumprimentar e desejar sorte”.
O técnico, de 57 anos, admitiu que há três semanas rejeitou convites de clubes da China, Irão e Qatar, por acreditar no projeto da equipa romena.
“Não aceitei porque estava preso ao Vaslui por mais um ano de contrato, íamos fazer a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, íamos fazer aquisições para lutar pelo título da Roménia. Depois do trabalho feito e com estes objetivos acho que era aliciante continuar no Vaslui”, afirmou.
No futuro imediato, Inácio vai aproveitar “as férias com a família”, mas acredita que o regresso ao futebol não deverá demorar.
“Pelas perspetivas, acho que não vou estar muito tempo parado, mas vamos ver porque no futebol tudo pode acontecer”, disse o antigo defesa internacional português.
Na base da saída de Inácio do Vaslui estiveram divergências com o investidor Adrian Porumboiu sobre a entrada de um novo adjunto na equipa técnica do clube.