Os dirigentes da FIFA designaram hoje o advogado norte-americano Michael J. Garcia como procurador para investigar as alegadas práticas corruptas no futebol, em termos globais.
Garcia vai dedicar-se à análise de um acórdão de um tribunal suíço sobre eventuais subornos e concluir sobre os comportamentos do presidente da FIFA, o helvético Joseph Blatter, e outros antigos dirigentes, como os brasileiros João Havelange e Ricardo Teixeira.
O especialista terá poderes para abrir novos inquéritos, designadamente as suspeitas sobre as atribuições dos Mundiais Rússia2018 e Qatar2022.
A FIFA nomeou ainda o juiz alemão Joachim Eckert para presidir à recém-formada autoridade para a ética, além de um painel de 13 membros dedicado às alegadas “luvas” e favores eticamente duvidosos por parte de membros das candidaturas já admitidos por Blatter, nomeadamente o pacto de apoio entre o Qatar e o falhado projeto conjunto de Portugal e Espanha, entre outros.
Garcia, durante a presidência de George W. Bush, dirigiu 20.000 efetivos da Agência Norte-americana de Imigração e Alfândegas, que faz parte do Departamento de Segurança Interna.
Eckert, um juíz-presidente do tribunal do Estado da Baviera, em Munique, tem experiência em casos de suborno de grande atenção mediática como o caso da empresa de eletrodomésticos e telecomunicações Siemens.