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O México conquistou hoje a sua primeira medalha de ouro no futebol masculino dos Jogos Olímpicos, ao derrotar na final o Brasil, que, pela terceira vez no jogo decisivo, falhou o jogo do título.
Enquanto na final masculina o vencedor seria sempre inédito, na feminina, disputada no sábado, o Japão tentava o seu primeiro ouro, frente a uns Estados Unidos que procuravam revalidar o seu título e, também, a ''vingança'' da final do Mundial perdida para as nipónicas.
No final, saíram vencedoras as favoritas norte-americanas, embora tenham contado com forte oposição, tendo vencido por 2-1.
Hoje, na final masculina, o Brasil era claro favorito, mas acabou por confirmar alguns receios e, essencialmente, a tradição, perdendo a terceira final que disputou no torneio olímpico, depois dos falhanços em 1984, derrota com a França, e em 1988, desaire com a União Soviética.
O torneio ficou logo privado do outro grande candidato à vitória, a Espanha, onde alinhava o benfiquista Rodrigo. Num péssimo arranque, os espanhóis perderam na primeira ronda com o Japão (1-0), tendo na ronda seguinte, que marcou a sua eliminação, sido surpreendidos pelas Honduras, perdendo igualmente por 1-0. O empate (0-0) com Marrocos, na última ronda da primeira fase, não alterou em nada o seu destino.
Depois de a equipa anfitriã, a Grã-Bretanha, ter também sido eliminada prematuramente, quando caiu nos ''quartos'' diante da Coreia do Sul, no desempate por grandes penalidade, o caminho ficou claramente aberto para a equipa brasileira, onde estavam três jogadores do FC Porto.
Apesar de o seu futebol não ter deslumbrado ao longo do torneio, o Brasil foi seguindo em frente e assumia-se cada vez mais como o grande candidato ao triunfo, favoritismo que também lhe era atribuído no jogo com o México.
Entre os jogadores que representam equipas portugueses, e além dos três que atuaram pelo Brasil e Rodrigo pela Espanha, realce para o sportinguista Labyad, que anotou um tento por Marrocos no empate 2-2 com as Honduras, e para as presenças de Abdoulaye e Yero pelo Senegal, seleção que apenas caiu nos quartos de final diante do México e no prolongamento.
No encontro de atribuição do terceiro lugar, a Coreia do Sul arrecadou a medalha de bronze, ao derrotar o Japão por 2-0.
Numa competição mais aberta, o futebol feminino consagrou a seleção favorita, que defrontou na final a formação sensação do último Mundial e que nestes Jogos se confirmou como potência emergente, o Japão, que assim conquistou a medalha de prata, a sua primeira no futebol feminino.
Campeãs em título, as norte-americanas apresentaram-se na final desejosas de somar o quarto ouro, em cinco edições, tendo ainda para acertar as contas do último mundial, conquistado pelas japonesas na final com os Estados Unidos.
Desta vez não ouve lugar a surpresas e as norte-americanas foram claramente superiores, vencendo por 2-1, um encontro em que as japonesas também não entregaram de ''mão beijada'', conseguindo entrar nos últimos 10 minutos ainda a discutir o resultado.
Um “bis” de Carli Lloyd, aos oito minutos, de cabeça, e aos 54, com um remate colocado de fora da área, ''selaram'' o triunfo das norte-americanas, que tiveram de sofrer até ao final, face ao tento de Yuki Ogimi, aos 63.
No encontro de atribuição do terceiro lugar da competição feminina, o Canadá, que também não contava qualquer medalha olímpica, venceu a França por 1-0, graças a um golo de Diana Matheson, já em período de descontos, aos 90+2 minutos.
