O Marítimo qualificou-se hoje pela primeira vez na sua história para a fase de grupos da Liga Europa, ao vencer o Dila Gori, na Geórgia, por 2-0, em encontro da segunda “mão” do “play-off”.
Os pupilos de Pedro Martins geriram da melhor forma a vantagem (1-0) trazida da Madeira, consumando o triunfo com golos brasileiros, dos avançados Heldon (41 minutos) e Danilo Dias (90+3), numa fase em que o adversário já estava “partido”.
A expulsão de Rodrigo António, aos 55 minutos, por acumulação de amarelos, ainda fez temer o pior, mas a equipa manteve-se organizada e compacta, aguentando firme a vantagem, que ampliou nos descontos, em contra-ataque.
Com este êxito, o Marítimo estreia-se na fase de grupos, tal como a Académica, vencedora da Taça de Portugal, enquanto o Sporting tentará completar hoje o trio luso, frente ao Horsens, após 1-1 na Dinamarca.
Audaz e com grande mobilidade no ataque, o Marítimo cedo meteu respeito aos georgianos, mas a verdade é que as grandes oportunidades de golo pertenceram ao Dila Gori.
Primeiro, na sequência de um canto, foi Bechvaia (11 minutos) que, liberto e de cabeça, errou na pontaria, atirando rente à trave: depois, Salin saiu em falso, Guruli atirou contra o guarda-redes e a bola sobrou para Vatsadze (34), que, em esforço, desviou para a trave.
O Marítimo foi bem mais eficaz, quando, aos 41 minutos, David Simão, em desequilíbrio, rasgou a defesa contrária com um passe para a corrida de Heldon, que, calmo, atirou a contar.
Com vantagem de 2-0 na eliminatória, tudo parecia jogar a favor dos portugueses, mas a expulsão de Rodrigo António (55) – acumulação de cartões amarelos - deu um novo alento ao Dila Gora, que julgou ter mais motivos para acreditar na reviravolta.
Salin brilhou quando, aos 64 minutos, negou um golo “cantado” a Mate Vatsadze e, depois, só teve de se aplicar novamente aos 77, para defender um remate de Gogua.
Com o tempo e o discernimento a fugir, e com a equipa totalmente balanceada no ataque, o Dila Gori abriu espaços na defesa e uma recuperação de Briguel lançou o suplente Danilo Dias, que, depois de controlar mal o esférico, teve o mérito de tirar um defesa do caminho e selar, em definitivo, o apuramento.