O Comité Executivo da UEFA “decidiu, por unanimidade, manter os cinco árbitros nas suas competições” de futebol, anunciou hoje o presidente do organismo, Michel Platini, recusando as tecnologias para ajuizar dúvidas na linha de baliza.
“Após 05 de julho, a instância que garante as leis do jogo autorizou o sistema de cinco árbitros às federações que o pretendam adotar”, disse o dirigente, num encontro com a Imprensa hoje de manhã, em Monte Carlo, no Mónaco.
Michel Platini afirmou, ainda, que “as grandes finais europeias privilegiarão os árbitros habituados ao sistema a cinco”, refutando que tal “não representa uma ameaça, mas sim um conselho, pois as federações podem fazer o que entenderem”.
Quanto à chamada “tecnologia de baliza”, que a FIFA usará nas suas próximas competições (Mundial 2014, Mundial de Clubes e Taça das Confederações), Michel Platini manifestou a sua oposição: “Nunca ninguém as viu funcionar, enquanto todos conhecem a arbitragem a cinco”.
“Sempre me opus à utilização de tecnologias, não é aos 57 anos de idade que vou mudar de opinião”, sublinhou o presidente da UEFA.
À sua posição pessoal juntou críticas ao homólogo da confederação mundial: “Não foi a FIFA que decidiu optar pelas tecnologias, mas sim o seu presidente [Joseph Blatter], que decidiu, sozinho, com o International Board, sem consultar o Comité Executivo. Ele é o patrão, é o chefe, é assim...”.
Platini disse ainda ser economicamente menos custoso ter equipas de cinco árbitros do que instalar tecnologias de baliza nos campeonatos dos 53 países representados na UEFA.