Nobre Guedes confirma que Viola não custou um cêntimo ao Sporting

Questionado se não o preocupa o facto de o Sporting ter negócios com fundos sediados em paraísos fiscais, Nobre Guedes lembrou que a UEFA tem vindo a “apertar a malha” sobre todas as parcerias, e não só de paraísos fiscais.

“O Sporting não concorda com essa posição, razão pela qual tem vindo a celebrar parcerias de investimento, que são uma forma de o mercado português combater a falta de receitas em relação a outros mercados, com muito maior capacidade de angariar essas receitas”, disse Nobre Guedes, para quem esta “é a única forma que o Sporting tem para fazer um esforço de investimento compatível com a competitividade internacional que deseja”.

A revelação por parte do presidente Godinho Lopes da recusa de propostas financeiras para a contratação de cinco jogadores do plantel foi também abordada por Nobre Guedes, que justifica essa postura com a “estratégia delineada e decidida pelo Sporting no sentido de privilegiar a competitividade da equipa de futebol”.

No entender do vice-presidente leonino, quando se privilegia essa competitividade é preciso ter ''respaldo financeiro que sustente essa opção'', o que significa ''a necessidade de compensar a falta de dinheiro proveniente da venda de jogadores''.

“A sustentabilidade do Sporting não é feita das mais-valias das vendas de jogadores, mas sim de receitas”, argumentou Nobre Guedes, lembrando que o exemplo que deu da internacionalização da marca Sporting “não tem a ver com a venda de passes, mas com a competitividade da equipa”.

Mesmo com uma maioria de passes detidos por investidores, o que interessa ao Sporting, segundo Nobre Guedes, “é a competitividade da equipa, geradora de receitas, com as quais se consegue alcançar a sustentabilidade”.

Quanto aos prometidos investidores para o clube, com os quais têm vindo a decorrer negociações nos últimos meses, Nobre Guedes foi parco em informações, mas garantiu que há negociações ainda em curso e que em breve aqueles serão anunciados publicamente.