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Carlos Queiroz: «O nosso país é pequeno e não temos muitas opções»

Numa longa entrevista ao site oficial da FIFA, o português Carlos Queiroz aceitou refletir acerca dos infortúnios da seleção portuguesa nos últimos tempos e do investimento que será necessário fazer para a equipa das quinas manter o nível competitivo que tem apresentado.

Carlos Queiroz: «O nosso país é pequeno e não temos muitas opções»

«O futebol é assim. Acho que as principais causas giram em torno de uma certa paralisia, estagnação. O nosso país é pequeno e não temos muitas opções. Temos de melhorar a equipa para termos mais alternativas em campo. A derrota na final da Euro-2004, que infelizmente nunca sairá da nossa memória, sem dúvida marcou o apogeu de uma geração. Mas o futebol, às vezes, é ingrato com as grandes seleções, como por exemplo a Holanda, que nunca conquistou um Campeonato do Mundo», lembrou, falando do percurso de Portugal no Mundial-2010, quando ainda era selecionador.

«Até àquela derrota, tínhamos disputado 21 jogos entre 2009 e 2010. Perdemos apenas o último, contra a Espanha, que nos eliminou da competição a caminho do título mundial. Não estávamos nas nossas melhores condições. Depois de uma longa temporada, tivemos pouco tempo para nos preparar e acabámos por perder alguns jogadores, como o Nani, que se lesionou um dia antes do torneio. Além disso, uns estavam a regressar de lesão e outros não apresentavam o melhor nível técnico e físico. Basta ver as atuações de Cristiano Ronaldo, que normalmente brilha em competições importantes. Apesar de tudo, fiquei satisfeito com nossa campanha de uma maneira geral», justificou Carlos Queiroz, que ainda distinguiu a sensação diferente de se treinar um clube e uma seleção.

«São dois trabalhos diferentes. Gosto de treinar seleções quando tenho uma preparação a fazer ou uma partida a disputar. Mas durante os longos períodos sem competição, sinto falta de dirigir um clube. Adoro trabalhar no dia a dia, ir para o estádio, orientar os treinos e estar em campo com os jogadores. Numa seleção é diferente, exige-se outro tipo de empenho. Trabalhamos para os adeptos de todos os clubes, o que é muito difícil. Podemos ir do paraíso ao inferno num único jogo. Quando perdemos, é horrível, porque todo o país fica com raiva de nós. Apesar de tudo, não sei porquê, adoro o meu trabalho», terminou o técnico que atualmente orienta o Irão.

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