O selecionador inglês de futebol, Roy Hodgson, disse hoje que aceita “a contragosto” a decisão do defesa central John Terry de deixar de representar a seleção, aos 31 anos, tornada pública no domingo.
“Estou muito desiludido por perder um jogador com tanta experiência internacional e com qualidades excecionais. Mantenho uma boa relação com John [Terry] desde que me ocupo da seleção e aceito a contragosto a sua decisão”, informou Hodgson, em comunicado.
Terry anunciou no domingo o fim da carreira internacional, explicando que as acusações de racismo de que foi alvo, que lhe custaram a posição de capitão da equipa inglesa, e o processo instaurado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) o deixaram numa “situação insustentável” para representar a seleção.
O defesa central do Chelsea, que tem 78 internacionalizações pela Inglaterra, foi ilibado pela justiça civil britânica das acusações de racismo contra Anton Ferdinand, jogador do Queens Park Rangers, mas o processo ainda decorre na justiça desportiva.
Terry e Ferdinand foram hoje ouvidos por uma comissão disciplinar da FA, em Wembley, antes da qual o secretário-geral do organismo, Alex Horne, afirmou que não vê em que medida a federação tornou insustentável a continuidade do defesa na seleção inglesa.