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Rússia: Danny discorda da contestação a Hulk e Witsel no Zenit

O futebolista internacional português Danny negou hoje que o ambiente no Zenit esteja afetado pelas contratações de Witsel e Hulk, mas discordou dos colegas Denisov e Kerkhazov, que as criticaram e foram, por isso, despromovidos à equipa B.

Rússia: Danny discorda da contestação a Hulk e Witsel no Zenit

“A ser verdade que exigiram salários iguais ao de Hulk e Witsel, acho que não é correto, porque cada um faz o seu contrato e defende os seus interesses o melhor que pode. Há sempre jogadores que ganham mais do que os outros, é a vida. Estão a tentar arranjar problemas com esta história, mas o ambiente na equipa é bom”, disse Danny à agência Lusa, a propósito da controvérsia que se instalou no seio dos campeões da Rússia.

Um dos contestatários, o médio Denisov, terá chegado a afirmar que, se o Zenit tivesse contratado Messi e Iniesta, nada diria porque estes não têm preço.

“Não sei até que ponto essas declarações são verdadeiras. O que eu digo é que o Hulk e o Witsel são dois grandes jogadores, que qualquer equipa europeia gostaria de ter e que temos sorte em tê-los connosco”, comentou Danny.

O diretor do futebol do Zenit, Maskim Mitrofanov, desmentiu Denisov, dizendo que os salários de Kerzhakov, Shirokov e Danny “são comparáveis aos de Hulk” e que o de Witsel até é “significativamente inferior ao de Denisov”, que aufere “tanto quanto os jogadores de qualquer equipa europeia de topo”.

Danny não quis entrar em números, mas admitiu que Mitrofanov sabe do que está a falar, porque conhece os contratos, e manifestou-se satisfeito com o seu acordo com o Zenit. “Se há jogadores que se sentem inferiores por ganharem menos do que outros, paciência”, afirmou.

Os jornais russos têm denunciado a existência de um ambiente pesado por causa das referidas contratações, mas Danny nega: “O que vejo nos treinos são os jogadores a falarem bem com o Hulk e com o Witsel, incluindo o Denisov e o Kerzhakov, a quem não notei qualquer hostilidade com eles. O que houve foram conversas entre esses dois jogadores e a direção, que não terá gostado do que ouviu e decidiu afastá-los do grupo”.

O médio do Zenit assegura que a integração dos dois reforços tem sido “muito boa”, que o facto de ele e de Bruno Alves serem portugueses e terem a facilidade de comunicar na língua de Camões “tem ajudado” a essa integração e que ambos estão “a adorar a experiência e a jogar bem”.

“O Witsel teve uma lesão e foi obrigado a uma pequena paragem, mas já está em condições. O ambiente é bom, ainda no outro dia fomos ver um jogo de hóquei da equipa de São Petersburgo, com eles e todos os jogadores russos, e posso dizer que eles adoraram”, contou Danny, que não duvida de que Hulk e Witsel “são mesmo reforços”.

Sobre a mais-valia que ambos podem trazer a equipa, começou por falar do brasileiro: “O Hulk já fez várias assistências e golos, é um jogador que faz a diferença. É isso que ele vai ser no Zenit, o jogador que resolve quando a equipa precisar dele. Já o Witsel é um jogador que pensa bem o jogo, que dá qualidade na posse e circulação de bola, e espero vê-lo em breve a fazer aquilo que sabe para ajudar a equipa”.

Danny estendeu os elogios aos colegas contestatários, que foram despromovidos à equipa B, mas escusou-se a opinar sobre o momento em que devem regressar ao grupo principal.

Este tema motivou a intervenção do presidente russo, Vladimir Putin, que defendeu a política de aquisições do Zenit, dizendo que os adeptos querem ver as estrelas do futebol que estão em ascensão e não as que estão em declínio, numa alusão ao rival Anzhi, que contratou o brasileiro Roberto Carlos e o camaronês Samuel Eto’o.

“Acho que foi nesse sentido que Putin falou. Ele quer ver brilhar no campeonato russo as estrelas que vêm para elevar o nível do futebol e não aquelas que vêm em fim de carreira ou unicamente para ganhar dinheiro”, disse Danny.

O português admite que o entusiasmo gerado entre os adeptos pela aquisição de Hulk e Witsel “foi grande” e que o Zenit “ficou mais forte”, mas considera que ganhar a Liga dos Campeões é “muito difícil”, razão pela qual prefere quedar-se pela “ambição em chegar o mais longe possível”.

Parado há sete meses devido a uma grave lesão no joelho, Danny já podia ter regressado aos relvados e deveria ter jogado contra o Terik, mas no treino da véspera do jogo rompeu o músculo dos ligamentos a que foi operado e agora está a cumprir um plano de recuperação, adiando pelo menos por duas semanas o regresso após uma paragem de cerca de seis meses.

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