O Sporting acusou o Benfica de ter «rompido um pacto de não-agressão» entre os dois clubes, com a contratação do atleta Hélio Gomes pelo clube “encarnado”, e assume-se pronto para «retirar todas as consequências» do sucedido.
Em declarações à edição de hoje do ''Jornal Sporting'', Ricardo Tomás, vogal da direção do clube para as modalidades, comentou o que considera ser uma violação de um acordo de cavalheiros entre os dois emblemas, extensivo a todas as modalidades, que impede transferências diretas.
«Registamos o comportamento dos dirigentes do Benfica neste caso, ao romper um pacto de não-agressão que existia entre os dois clubes. Retiraremos no futuro todas as consequências desse facto», referiu.
Abreu Matos, diretor técnico do atletismo do Sporting, é entrevistado no jornal do clube e lamenta que o Benfica «tenha quebrado o acordo, que era extensível a todas as modalidades comuns aos dois clubes».
Segundo o técnico, o Sporting «sempre honrou esse compromisso», enquanto o clube da Luz «fez várias tropelias anteriormente, colocando atletas do Sporting num ano sabático, sustentados não se sabe por quem, antes de irem para o Benfica».
A mudança de Hélio Gomes do Sporting para o Benfica foi a principal nota do último dia do prazo de transferências no atletismo, com o clube “encarnado” a reforçar-se dessa forma ainda mais no seu setor de meio-fundo.
O corredor de 1.500 metros, surpreendente quarto classificado no último Campeonato da Europa de Helsínquia, estava em litígio com os “leões” desde que foi suspenso por um mês, na sequência da presença, não autorizada pelo clube, num ''meeting'' em Espanha, na semana que antecedeu o Nacional de Clubes, para o qual já não foi convocado.
Nos últimos dias do prazo de transferências - que terminou a 01 de outubro - o Benfica conseguiu o concurso, entre outros nomes, de dois outros atletas que haviam deixado o Sporting há um ano – o oitocentista António Rodrigues e o discóbolo Jorge Grave.