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Benfica/Eleições: Juiz Rangel quer devolver clube a todos os sócios

O candidato à presidência do Benfica Rui Rangel, com o lema “Benfica aos Benfiquistas”, defende um regresso à glória considerada perdida através da gestão “mais criteriosa” e aposta no sucesso desportivo, potenciando receitas para diminuir o passivo.

Benfica/Eleições: Juiz Rangel quer devolver clube a todos os sócios
Futebol 365

O juiz de 56 anos, oriundo de Angola, encabeça a lista B para as eleições de sexta-feira, concorrendo com o atual presidente, Luís Filipe Vieira, o qual pode tornar-se o líder “encarnado” com maior longevidade no cargo.

Entre o elenco de Rangel contam-se vários antigos elementos dos órgãos sociais das “águias” como o seu mandatário, o deputado e antigo presidente do CDS-PP Ribeiro e Castro, membro da direção de Vale e Azevedo, mas da qual saiu, em desacordo com as práticas.

Outros sócios que podem ver o clube “ser-lhes devolvido” pelo desembargador são Fernando Tavares, antigo responsável pelo setor das modalidades ditas amadoras, assim como Cunha Leal ou Arrobas da Silva.

Nomes como os de Paulo Pitta e Cunha e Andrade e Sousa também constam do rol, como candidatos à Mesa da Assembleia Geral do clube lisboeta.

Rangel, juiz há 20 anos, atualmente na 16.ª vara de Lisboa e especialista em ciências jurídico-comerciais, foi colaborando em publicações como Record, Correio da Manhã, Público, Expresso e Jornal de Notícias, ganhando visibilidade mediática, essencialmente em matérias da Justiça, até se tornar comentador residente na RTP.

O candidato à direção dos “encarnados”, sócio do Benfica há 27 anos e irmão do ex-diretor-geral de TSF, SIC e RTP, Emídio Rangel, propõe-se atacar o passivo da SAD, de 426,1 milhões de euros, e do clube, na ordem dos 113 milhões de euros.

No futebol, a receita passaria por trazer “benfiquistas competentes da presente estrutura”, pela “estabilidade técnica”, o combate à “desnacionalização do plantel”, “compras e vendas de jogadores cirúrgicas” e “racionalização dos jogadores com contrato”.

Caso Rui Manuel de Freitas Rangel seja eleito como 34.º presidente do Benfica irá colocar “o sucesso desportivo como eixo central” com o objetivo de fazer crescer as receitas de bilheteira, quotizações e direitos televisivos, os quais voltam a estar em cima da mesa de negociações em 2013.

O adversário de Vieira - cujos três mandatos renderam dois campeonatos, uma Taça de Portugal, quatro Taças da Liga e uma Supertaça – advoga ainda a presença “encarnada” em todas as instituições do futebol luso.

A introdução de novas tecnologias no “desporto-rei” ou a profissionalização dos árbitros, assim como rigorosos critérios de desportivismo (“fair-play”) financeiro são outras “bandeiras” de Rangel.

“Queremos ganhar sem ‘batota’ e ajudar a evitar que outros o façam”, é uma das frases constantes do programa eleitoral da lista B, no qual se defende também nova revisão dos estatutos, nomeadamente as condições de elegibilidade e a distribuição de votos, recentemente alteradas por proposta do elenco de Vieira.

Rui Rangel tem vindo a acusar o seu concorrente de colocar o Benfica num rumo “não democrático”, com uma “lei do silêncio” pouco consonante com a história do clube, e promete uma “verdadeira dinâmica e cultura de vitória” instalada em 2016, ou seja, no final do quadriénio ao qual se candidata.

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