A China vai retomar a construção de centrais nucleares, suspensa após o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011, anunciou hoje a imprensa oficial, citando um novo plano do Governo para o setor.
''Um pequeno número'' de centrais nucleares, ''todas localizadas nas zonas costeiras'', será lançado até 2015, indicou o China Daily.
Antes do desastre de Fukushima, a China planeava construir 40 centrais nucleares, nomeadamente nas províncias de Hunan e Hubei, no interior do país.
O novo plano do Governo, adotado na quarta-feira passada, refere que a China retomará a construção de centrais nucleares ''de maneira firme e ordenada'', ''a um ritmo razoável'' e ''cumprindo os mais elevados padrões internacionais de segurança''.
O nuclear, na China, assegura apenas 1,8 por cento da eletricidade consumida no país, abaixo da média de 14 por cento nos outros países que utilizam aquele tipo de energia, diz o jornal.
O carvão continua a ser a principal fonte de energia na China, gerando cerca de 80 por cento da produção elétrica chinesa.
Em março de 2011, na sequência do desastre de Fukushima, o Governo chinês ordenou a realização de inspeções de segurança a todos os reatores em atividade no país ou em fase de construção e suspendeu a aprovação de novos projetos.
A China tem 13 reatores nucleares, ocupando o 11.º lugar no ranking mundial dos produtores de energia nuclear, atrás dos Estados Unidos da América (104 reatores), França, Japão, Rússia, Coreia do Sul, Índia, Reino Unido, Canadá, Alemanha e Ucrânia.