O treinador Franky Vercauteren quer o Sporting a jogar quinta-feira frente ao Genk “com disciplina tática, envolvimento físico a 200 por cento e a atitude mental certa” e admite “mudar alguns jogadores e o sistema de jogo”.
“Temos de melhorar a qualidade a todos os níveis, jogando como um bloco, com disciplina tática, envolvimento físico a 200 por cento e a atitude mental certa”, disse o treinador dos leões durante a conferência de imprensa de lançamento da partida com o Genk, em Alvalade, do grupo G da Liga Europa.
Desafiado a especificar qual a “atitude mental certa” de que fala para enfrentar os belgas, Vercauteren respondeu assim: “Será a atitude adequada para conseguir ganhar o jogo”.
O treinador leonino admitiu introduzir algumas alterações em relação ao onze que atuou no estádio do Bonfim, frente ao Vitória de Setúbal, no domingo: “É possível, mas isso não quer dizer que quem fez jogo um mau jogo tenha de sair, nem que quem tenha feito um bom jogo tenha de ficar”.
Vercauteren admitiu mesmo proceder a algumas alterações a nível tático, quando questionado se iria mudar o sistema 4x3x3, habitualmente utilizado, para 4x4x2.
“Penso, eventualmente, em mudanças táticas, mas será algo que veremos amanhã [quinta-feira]. Mas o 4x4x2 não é necessariamente mais ofensivo do que o 4x3x3”, considerou o técnico belga.
O treinador “leonino” aproveitou para negar que tivesse dito após o jogo do Bonfim que não estava satisfeito com a equipa: “Nunca disse que não estava satisfeito com a equipa, mas sim com a qualidade de alguns jogadores. Agora, devemos procurar as razões para essa menor qualidade, razões que, muitas vezes, não estão à vista de todos”.
De resto, Vercauteren não quis especificar em que aspetos a equipa falhou no Bonfim, preferindo antes “pensar naquilo que fez bem”, tendo “em devida conta os erros cometidos de modo a corrigi-los” e ao mesmo tempo “potenciar as suas qualidades”.
“O Vitória de Setúbal teve meia oportunidade de golo e marcou, nós tivemos quatro ou cinco e não marcámos. Os jogadores sentiram que não houve recompensa. A segunda parte foi outra história, mas é preciso trabalhar estes aspetos”, disso o treinador leonino.
Entretanto, o médio holandês Stjin Schaars aproveitou a conferência de imprensa de lançamento do jogo com o Genk para desmentir afirmações que lhe foram atribuídas a um jornal holandês sobre o anterior treinador.
“Nunca disse que Sá Pinto não é bom treinador ou que treinava de forma pouco intensa. Quando as coisas correm mal é sempre mais fácil mandar o treinador embora”, disse Schaars, negando, também, a existência de dificuldades de comunicação do anterior treinador com os jogadores.
Acerca de Vercauteren, um treinador com “ideias diferentes” de Sá Pinto, disse esperar que “melhore o nível da equipa e que incuta a confiança necessária aos jogadores”, mesmo tendo a noção de que essa melhoria “depende, essencialmente, dos jogadores”, o que não invalida que essa ajuda do treinador “seja importante”.
Sobre as razões do fraco rendimento da equipa, confessou a sua dificuldade em encontrá-las, mas em defesa da equipa referiu que “quem está de fora não tem noção do esforço que os jogadores fazem diariamente para melhorar e dar à volta à situação”.
Schaars reconheceu a fraca exibição do Bonfim: “Sofremos um golo com muito azar, porque no futebol também é preciso sorte, e a segunda parte não correu bem. Sabemos o que fizemos mal e por isso teremos de melhorar muito o nosso nível para ganhar o Genk. É uma nova oportunidade que não queremos desperdiçar.”.