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Jogo sem policiamento deu «poupança» para o Guimarães, Júlio Mendes

O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, disse hoje que o facto do jogo da nona jornada da I Liga de futebol, diante do Nacional, não ter tido policiamento resultou numa ''poupança importante para o clube''.

Jogo sem policiamento deu «poupança» para o Guimarães, Júlio Mendes
Futebol 365

''Pela primeira vez, foi disputado uma partida de futebol num recinto desportivo sem a presença de qualquer força policial. Tomámos esta decisão, quiçá arrojada, mas inovadora, em nome dos interesses do Vitória, do futebol português e até do interesse nacional'', começou por dizer, numa declaração sem direito a perguntas no final do jogo, ganho pelo Nacional (3-1).

O dirigente frisou que o estádio vimaranense ''tem condições de absoluta segurança e conforto'', que o jogo decorreu sem quaisquer problemas e que esta posição pode repetir-se em muitos outros jogos - ''noutros talvez não'', notou.

''É uma atitude que, estou convencido, será seguida por outros, porque na atual situação do futebol português, como os clubes estão, a gestão rigorosa dos seus recursos tem que ser cuidada'', disse.

Segundo Júlio Mendes, não terem estado hoje 50 agentes da PSP, como seria normal, originou ''uma poupança importante para o clube'', mas não quantificou o valor.

Além disso, acrescentou, não estando alocados para estes eventos, os agentes da autoridade ''podem estar para outros onde, porventura, serão mais necessários''.

''Nada disto seria possível se não estivéssemos perante uma nova realidade, por ter entrado em vigor o decreto-lei [216/2012] do Ministério da Administração Interna que veio clarificar estas questões'', disse.

Para o presidente vitoriano, ''estas são as melhores práticas a nível mundial e, apesar do ruído que já está a provocar, o Vitória está no bom caminho e não vai desistir dele''.

Para o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, o argumento de Júlio Mendes é ''uma desculpa esfarrapada, porque a segurança não tem preço''.

''Para mim, enquanto presidente do Sindicato, é grave. Para o cidadão é mais grave correr o risco de entrar num recinto desportivo que não está com segurança assegurada pela PSP'', referiu Armando Ferreira à Lusa antes do jogo.

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