O piloto português Tiago Monteiro parte domingo da quinta posição, aos comandos de um Honda Civic S2000 TC, na corrida do Mundial de Carros de Turismo (WTCC) do Grande Prémio de Macau com o objetivo de chegar ao pódio.
Monteiro completou a sessão de qualificação de hoje em 2.31,539 minutos, atrás do italiano Gabriele Tarquini (Seat Leon), do suíço Alain Menu (Chevrolet Cruze), do francês Yvan Muller (Chevrolet Cruze) e do britânico Robert Huff (Chevrolet Cruze), em quarto, terceiro, segundo e primeiro lugares, respetivamente.
«Foi muito melhor do que se esperava. Até agora a melhor qualificação tinha sido o 11.º lugar», disse o piloto português no final da sessão, ao constatar que «esta é só a terceira corrida do carro» com que está a competir no Circuito da Guia.
Tiago Monteiro explicou que a sua equipa está focada no desenvolvimento do carro para preparar o próximo ano e que, por isso, se lhe dissessem ''antes do fim-de-semana que ia lutar pelos cinco primeiros [lugares], não acreditava e ninguém acreditava''.
«Só começámos a acreditar um bocadinho depois dos treinos de ontem [quinta-feira]. Vimos que realmente estávamos bastante competitivos e a qualificação confirmou um grande salto em comparação às últimas duas corridas, no Japão e na China, por isso estamos aqui como se tivéssemos já feito a ‘pole position’. Está toda a gente muito contente», disse.
Para o piloto português, uma «vitória é impossível» este ano em Macau, já que «os Chevrolet estão mesmo muito rápidos», mas deixa em aberto a possibilidade de chegar ao pódio.
«O meu objetivo e as minhas ordens é acabar a corrida, não correr demasiados riscos, porque precisamos desta informação. As corridas são o treino que temos e temos de as acabar, mas obviamente que vou correr alguns riscos para tentar ir buscar esse pódio. Não será tarefa fácil, sem dúvida, mas já demos um excelente primeiro passo e agora é tentar dar mais um», concluiu.
Quanto aos dois acidentes que vitimaram, nestes dois primeiros dias de qualificação do Grande Prémio de Macau, o piloto de motos português Luis Carreira e um piloto de carros de Hong Kong, Tiago Monteiro lamentou o sucedido e constatou que «foram um balde de água fria e um alerta para a realidade de que este desporto é perigoso».
«A pista piorou, sem dúvida, todos os trabalhos que foram feitos infelizmente foram num sentido errado ou correu mal, não sei o que se passou, mas a pista está muito mais difícil, mais perigosa. De qualquer modo isto não tem nada a ver com os acidentes que houve», observou.
Segundo o piloto português, os locais onde ocorreram os acidentes fatais «não são das piores zonas [da pista] a nível de alcatrão».
«Nas motos não se sabe muito bem o que se passou. No carro é nítido o que se passou, viu-se muito bem, é um toque no interior que normalmente lança o carro para o sítio contrário. Isso acontece em qualquer circuito, em qualquer curva. Foi infeliz e é chocante ver que, com a segurança toda que há hoje em dia nos automóveis, mesmo assim estas coisas acontecem», comentou.