As mortes de Luís Carreira e Phillip Yau nas qualificações do Grande Prémio de Macau estão a ensombrar a 59.ª edição do evento, que nunca tinha assistido a vítimas de carros e motos no mesmo ano.
Depois do trágico acidente de Luís Carreira na qualificação de sexta-feira, num acidente que outros pilotos dizem não perceber, dado tratar-se de uma zona habitualmente sem problemas no circuito, hoje foi a vez do piloto Phillip Yau, de Hong Kong, que, aos comandos de um Chevrolet Cruze, não fez a curva do hotel Mandarim, embateu violentamente nos rails e teve mesmo de ser desencarcerado.
A violência do acidente de Phillip Yau, naquela que é a zona mais rápida da pista de 6,1 quilómetros, deixou imediatamente a organização apreensiva, tendo sido deslocados para o local do acidente todos os meios possíveis e necessários para auxiliar o piloto, que ficou preso dentro do veículo, dado que o choque se deu do lado esquerdo, apanhando toda a lateral do carro onde estava situado o assento.
Desde 2005, quando o francês, Bruno Bonhuil, de 45 anos, também faleceu na curva Mandarim, que o Grande Prémio de Macau não registava qualquer acidente mortal, apesar de todos os anos, vários pilotos de carros e motos terem acidentes, alguns dos quais aparatosos.
Na memória de muitos quantos acompanham o Grande Prémio há vários anos, entre os quais alguns elementos da organização, nunca na mesma prova morreram pilotos de carros e motos e geralmente os acidentes mais graves acontecem já em corrida.
O circuito da Guia é uma pista urbana sem grandes escapatórias, muito exigente em termos de condução e na experiência dos pilotos, como era os casos de Luís Carreira e de Phillip Yau, que já tinha vencido uma vez no território.