Liga Campeões: Benfica vence Celtic e mantém-se na corrida aos «oitavos»

O golo da vitória, neste jogo da quinta jornada da fase de grupos, tardou e só chegou aos 71 minutos, num remate fulminante de Garay, após amortecimento de Luisão, quando o Benfica já justificava a vantagem, tal o domínio exercido.

Os dois centrais foram, assim, os grandes destaques do clube “encarnado”, mas o pendor ofensivo da equipa da casa foi uma constante e as ocasiões sucederam-se, com protagonistas diversos.

O Benfica chegou relativamente cedo à vantagem, logo aos sete minutos, com Ola John a rematar uma bola que Cardozo “preparou”, após incursão de Sálvio pelo lado direito.

Já conhecedor da derrota do Spartak em Moscovo, ante o FC Barcelona, o Benfica sabia que com a vitória ficava dependente de si próprio para chegar ao segundo lugar do grupo e com vantagem no confronto direto com o Celtic.

Ou seja, se ganhar ao FC Barcelona na última jornada – e é quase certo que os catalães vão descansar as suas estrelas –, o Benfica apura-se, tal como acontece se fizer o mesmo resultado que o Celtic com o Spartak, no mesmo dia.

No entanto, as contas do apuramento do Benfica quase viraram para “tragédia grega”, com o golo de Samaras, aos 32 minutos. Sem marcação, ao poste mais afastado, fez de cabeça o golo do empate, após canto na esquerda.

O único remate à baliza do Celtic, até então – e não houve muitos mais – redundou em golo, dando um tom de profunda injustiça ao marcador e desorientando, por alguns minutos, o Benfica.

Recuperou bem a “alma” a equipa lisbnoeta, ainda antes do intervalo, para regressar para a segunda parte com toda a motivação, na procura do golo que “faltava”.

Sucederam-se as ocasiões, através da dupla de avançados Lima e Cardozo, mas também com as magníficas entradas de Salvio, Garay ou Matic.

De tal forma o Benfica estava balanceado para o ataque que o golo teve a “assinatura” da dupla de centrais, “festejando” da melhor maneira o regresso do capitão Luisão aos grandes jogos internacionais.

Sem reação, o Celtic continuou a ver jogar, nos últimos 20 minutos, e sai mais uma vez da Luz com uma derrota. Em Lisboa, sempre perdeu e a “novidade” é mesmo o golo que conseguiu marcar.

Com 68 por cento de posse de bola, o Benfica esteve sempre balanceado para o ataque, como comprovam as estatísticas de remates – 29 no total (contra 6), dos quais 8 enquadrados (contra 4).

Victor Kassai, o árbitro do encontro, acaba por não ter influência no resultado, mas irritou e de que maneira os adeptos do clube da casa.

Aos 24 minutos, não terá visto a falta de Wanyana sobre Enzo Perez, que deixou o benfiquista a sangrar da boca.

Depois, mandou-o ser assistido fora da zona de jogo e demorou “uma eternidade” a permitir que reentrasse, “obrigando” o Benfica a jogar com dez.

Também não “caiu bem” o facto de ter claramente evitado mostrar novo cartão amarelo a Samaras, que já estava advertido desde os 38 minutos e arriscava-se a ir para a rua mais cedo.