O selecionador do Brasil, Mano Menezes, foi destituído hoje do cargo por a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pretender uma nova metodologia para a equipa, revelou o diretor de seleções da entidade, Andrés Sanchez.
''O presidente [José Maria Marín] quer novos rumos de metodologia para a equipa, novos planeamentos'', afirmou Sanchez, em conferéncia de imprensa.
O diretor de seleções realçou que a demissão não foi devido a maus resultados, apesar de a equipa ter sido eliminada nos quartos de final da Taça América em 2011 e de ter perdido a final olímpica para o México neste ano.
''Não foi por resultados negativos. Se fosse por isso, sairia no início do ano, que tinha piores resultados. O presidente entendeu que tem que mudar desta maneira'', disse.
O novo selecionador brasileiro só será anunciado no início do próximo ano, meses antes da Taça das Confederações e a pouco mais de um ano do Mundial2014, que será realizado no Brasil. Menezes comandava a equipa desde agosto de 2010, após o Mundial da África do Sul.
Sanchez disse não concordar com a demissão de Menezes, mas acatou a decisão por conta da ''hierarquia'', tendo sido encarregado de comunicá-la ao selecionador. Toda a comissão técnica será substituída.
A demissão de Menezes foi acordada hoje em reunião entre Sanchez, Marín e o vice-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. O diretor de seleções afirmou ter sido ''voto vencido''.
''O Mano fez um bom trabalho, teve problemas, situações difíceis, mas estava em ascendência'', disse Sanchez, que tinha trabalhado com Menezes no Corinthians, quando era presidente do clube.
Ao ser questionado sobre possíveis nomes para ocupar o cargo, incitou os jornalistas a citarem ''sete ou oito'' nomes bem avaliados. Os mais cotados, atualmente, são Luiz Felipe Scolari, antigo selecionador de Portugal e campeâo do Mundo pelo Brasil em 2002, Muricy Ramalho, treinador do Santos, e Tite, técnico do Corinthians.