Golo solitário de Mateus dá primeira vitória ao Nacional na Choupana

Contudo, o primeiro triunfo dos madeirenses no Estádio da Madeira foi conseguido com muito sofrimento e alguma sorte à mistura, tendo em conta a produção dos dois conjuntos ao longo de toda a partida.

Os ''canarinhos'' não mereceram o desfecho, mas o facto ficou a dever-se também a ineficácia ofensiva da equipa que desfrutou de inúmeras oportunidades de golos para sair da Madeira com outro resultado.

Com a vitória, o Nacional soma agora 11 pontos, colando-se ao Vitória de Setúbal na oitava posição, enquanto o Estoril-Praia manteve o sexto lugar com os mesmos 12 pontos.

Entrando sem vitórias para o quinto jogo em casa esta época, os insulares revelaram uma apatia inicial inexplicável, permitindo que os ''canarinhos'' pudessem explanar o seu futebol à vontade.

Avisados para a rapidez do futebol do adversário, os madeirenses pouco fizeram para contrariá-la ao longo da primeira parte. Pior do que isso, a equipa de Manuel Machado consentiu aos estorilistas rápidas incursões pelos flancos, que colocaram em perigo a sua baliza por diversas vezes na etapa inicial.

Liça (01 minutos), Luís Leal (07) e Diogo Amado (16) ameaçaram a baliza de Vladan, em lances bem urdidos mas com finalização deficiente.

Um cabeceamento de Moreno (19), após um canto cobrado por Marçal, constituiu resposta tímida da equipa orientada por Manuel Machado.

No último quarto de hora da primeira parte, o Estoril-Praia voltou à carga e por duas vezes poderia ter marcado, em ambos os casos por Licá: na primeira, o avançado falhou por pouco, após um cruzamento de Carlitos (33), e na segunda, bola não entrou por mero acaso, após nova assistência de Carlitos (40).

Sobre o minuto 45, Licá falhou de forma incrível o golo que poderia ter permitido à sua equipa ir em vantagem para o intervalo, quando apareceu isolado frente a Vladan, mas atirou ao lado.

Na segunda parte, o Nacional entrou mais forte e decidido e Mário Rondon podia ter feito melhor, quando isolado frente a Vagner, permitiu a defesa do guarda-redes brasileiro (48).

Mais consistente e objetivo do que na primeira parte, o Nacional marcou aos 57 minutos, num lance muito confuso na área do Estoril, em que a bola sobrou para Mateus e o angolano atirou em arco para a baliza.

Em desvantagem, os visitantes nunca se entregaram, procurando sempre o caminho da baliza adversária. Prova disso, foi um remate perigoso de Jefferson que falhou o alvo por pouco (60).

Com o tempo a passar, o jogo foi perdendo alguma emotividade, numa fase em que os madeirenses tentavam segurar a curta vantagem e os estorilistas faziam tudo bem, pecando no entanto no último terço do campo.

Gerso e Carlos Eduardo foram lançados no jogo a 20 minutos do fim, reforçando as intenções do Estoril. O cerco à baliza de Vladan foi apertando, mas a defesa insular mostrou-se coesa, enquanto o Estoril desesperou sem conseguir tirar proveito, acabando derrotado.