O administrador da SAD do FC Porto para a área financeira, Angelino Ferreira, apelidou hoje de “sucesso” a operação que decorre do empréstimo obrigacionista lançado segunda-feira, com o qual a sociedade pretende encaixar 25 milhões de euros.
A subscrição dos cinco milhões de ações, com valor unitário de cinco euros e um juro de 8,25 por cento, a pagar em maio de 2015, prosseguirá até 18 de dezembro, mas a sociedade que gere o clube já admite que “o processo está de encontro às expectativas”.
“Esta é uma emissão de sucesso, à semelhança das anteriores lançadas pela FC Porto SAD, pelo que podemos dizer que operação foi bem sucedida”, disse Angelino Ferreira, num encontro com os jornalistas no centro de treinos do Olival (Vila Nova de Gaia).
Segundo o administrador, as condições do quinto empréstimo obrigacionista da empresa cotada também coincidiu ''com as necessidades do mercado de aforradores'', por ser ''uma aplicação financeira de encontro às suas expectativas”.
O dirigente admite que este recurso ajuda à resolução de compromissos anteriores: “Não podemos esquecer que temos um empréstimo obrigacionista que amortiza no próximo mês de dezembro [18 milhões de euros, a seis por cento]. O produto desta emissão também visa refinanciar esse empréstimo”.
Porém, considera que o mesmo se faz dentro do “planeamento financeiro para a época, pois estava previsto recorrer ao mercado nesta altura''.
“Não pode, no entanto, ser visto de forma isolada. Um planeamento financeiro de um orçamento de cerca de 92 milhões de euros tem que ser visto em conjunto e não pontualmente com esta ou aquela medida”, reforçou.
Uma das razões do sucesso anunciado entronca, refere, no facto de o FC Porto cumprir “religiosamente os seus compromissos e isso acaba por ponderar na afluência da subscrição, seja de obrigações, seja nos créditos bancários”.
A passagem aos “oitavos” da Liga dos Campeões, da qual resultam dividendos financeiros, também entra nesta equação de gestão do FC Porto, segundo Angelino Ferreira: “Este encaixe vem de encontro ao pressuposto orçamental. Felizmente que o conseguimos, mas, para além do encaixe, há outras variáveis mais importantes decorrentes da participação na prova”.
Após dezembro, a sociedade portista fica com dois “empréstimos vivos”, o “FC Porto SAD 2011-14”, no valor de 10 milhões de euros (com juros a oito por cento) e o “2012-2015”, de 25 milhões de euros (juros a 8,25 por cento).