Um empate sem golos e uma mão cheia de oportunidades perdidas marcaram a boa exibição do Benfica frente a um FC Barcelona quase sem estrelas, que ditou o afastamento dos “encarnados” da Liga dos Campeões de futebol.
A equipa portuguesa, que segue agora para a Liga Europa, terminou no terceiro lugar do Grupo G, atrás do Celtic, que venceu, no seu terreno, por 2-1, o Spartak de Moscovo.
Lionel Messi ainda jogou algum tempo, na segunda parte, mas acabou por sair do jogo lesionado, a cinco minutos dos 90, altura em que o Benfica se revelava já esgotado fisicamente.
O treinador Tito Vilanova apostou num “onze” com apenas dois dos habituais titulares – Puyol e Adriano -, deixando no banco nomes como os de Messi, Piqué, Victor Valdés e Busquets, aos quais se juntam os “dispensados” Xavi, Iniesta ou Fabregas.
Por seu lado, apesar de algumas ausências por lesão, nomeadamente Enzo Perez e Sálvio, Jorge Jesus “desenhou” uma equipa ousada, com um quarteto veloz para as opções ofensivas: Olah John, Nolito, Lima e Rodrigo, num mais tradicional 4x4x2.
Os “encarnados” entraram a fazer pressão logo na intermediária adversária, aproveitando-se da experiência do grosso dos seus jogadores, face à menor rodagem da maior parte dos catalães.
Pertenceram aos benfiquistas as melhores ocasiões de golo, com a primeira, aos 12 minutos, “assinada” por Rodrigo, que apareceu isolado frente a Pinto, após desmarcação à saída da linha do meio-campo, mas rematou ao lado.
O espanhol do Benfica, oito minutos depois, trabalhou bem na esquerda e cruzou para a cabeça de Lima, mas o avançado brasileiro falhou o alvo, à entrada da pequena área.
Só aos 24 minutos é que o “Barça” criou perigo na área “encarnada”, quando Rafinha desviou para a baliza de Artur, mas Garay conseguiu evitar o golo em cima da linha.
Pouco passava da meia-hora de jogo quando Lima voltou a fazer tremer Pinto, rematando cruzado, após nova desmarcação pela esquerda, mas o guardião conseguiu desviar para o poste direito.
Com mais sentido posicional e tático, sempre a pressionar os catalães, o Benfica voltou a dispor de nova oportunidade flagrante, quando Ola John, aos 35 minutos, conseguiu tirar Planas da frente, já no coração da grande área, mas o remate saiu a centímetros do poste, após nova defesa do guarda-redes.
A reentrada encarnada foi idêntica à do início do jogo e, um minuto depois, Nolito apareceu em boa posição, mas rematou ao lado.
Apenas aos 61 minutos o Benfica voltou a acercar-se com perigo da área de Pinto, mas a cabeçada de Luisão, que acorreu a um livre na esquerda, foi fraca e à figura.
Messi já estava em campo desde os 58 minutos, tal como Piqué, e o Barcelona conseguiu equilibrar a partida.
A um quarto de hora do final, Jesus trocou Lima por Cardozo e Rodrigo por André Almeida, o que se traduziu num reforço da intermediária, onde os “encarnados” estavam a ceder.
Messi, a cinco minutos do fim, perdeu uma excelente oportunidade, mas por culpa da boa intervenção de Artur, que conseguiu evitar que o jogador o torneasse e fizesse o golo.
Na sequência do lance, o argentino lesionou-se e já não voltou à partida.
Mas, contra 10 nos últimos minutos, o Benfica revelou dificuldades físicas, o que permitiu a Deulofeu, que rendeu Tello, correr mais de meio-campo com a bola e rematar com perigo, mas ao lado do poste direito de Artur.
Nos últimos segundos, Maxi Pereira ainda alvejou a baliza, mas a bola passou muito por cima da barra.