A Comissão de Ética da FIFA concluiu hoje as investigações sobre o alegado caso de corrupção e má gestão financeira de Mohamed Bin Hamman, enquanto este ocupava a presidência da Confederação Asiática de Futebol (CAF).
Em comunicado, o presidente da Comissão de Ética do organismo que superintende o futebol mundial, Michael J. García, anunciou que as investigações estão concluídas e que até ser tomada uma decisão, as medidas cautelares impostas a Bin Hamman se mantêm.
“Dada a gravidade dos factos investigados, a FIFA decidiu que Bin Hamman continuará suspenso provisoriamente de ocupar qualquer cargo relacionado com o futebol, nacional ou internacionalmente, enquanto uma decisão definitiva não for tomada”, afirmou.
Além da continuidade de suspensão preventiva, a FIFA concedeu um prazo de 45 dias para o multimilionário do Qatar prestar declarações no sentido de se defender.
A abertura de uma investigação foi a resposta da FIFA à decisão tomada pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a 19 de julho, que permitiu ao dirigente do Qatar ganhar o apelo contra a irradiação do futebol, por alegadamente ter comprado votos na corrida contra Joseph Blatter para a presidência da FIFA.
O TAS, com sede na Suíça, anulou a suspensão decretada pela FIFA por falta de provas, mas não se manifestou convencido de que Bin Hamman seja inocente das acusações de corrupção, motivadas pela denúncia de dois dirigentes de Trindade e Tobago, segundo os quais o ex-dirigente lhes ofereceu perto de 32.500 euros durante uma visita de campanha, em maio de 2011.
Bin Hamman, de 63 anos, sempre negou quaisquer irregularidades, alegando que o suíço Blatter o ajudou a orquestrar o escândalo para garantir a vitória nas eleições para a presidência da FIFA, concretizada pouco depois.