O diretor executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), José Miguel Sampaio e Nora, disse hoje à agência Lusa que o organismo defende a manutenção do policiamento nos jogos das competições profissionais.
“A LPFP defende a manutenção do policiamento e estamos a trabalhar no sentido de aumentar os níveis de segurança, adequando o número de elementos das forças de segurança nos recintos, em conjunto com o Ministério da Administração Interna (MAI) e das próprias forças policiais”, afirmou Sampaio e Nora, após uma reunião do organismo com a tutela.
Apesar do fim da obrigatoriedade prevista no decreto-lei 216/2012, que entrou em vigor em 09 de novembro, o responsável salientou que os clubes profissionais “têm acatado a posição da LPFP e que, em 60 jogos de duas jornadas da I Liga e quatro da II Liga, apenas oito decorreram sem policiamento”.
Entre os assuntos que a LPFP abordou hoje na reunião com o MAI esteve a formação dos diretores de segurança dos clubes, a elaboração dos regulamentos internos de segurança e também a necessidade de serem encerradas portas e setores nos estádios, sempre que o número de espetadores não o justifique, para diminuírem o número de agentes policiais destacados para os eventos.
“Quanto mais portas estiverem abertas, mais polícias têm de estar nos estádios, uma vez que tem de estar um ou dois por cada porta. Além disso, devem ser respeitados os rácios definidos pela legislação quanto aos jogos de risco normal ou de risco elevado”, explicou.
De acordo com Sampaio e Nora, a legislação define que num jogo de risco normal deve estar presente um elemento policial por cada 500 ou 600 espetadores, ao passo que para os de risco elevado está estipulado que esteja um agente por cada 200.