Os futebolistas argentinos do Tigre mostraram hoje em sua página na rede social Facebook fotos com marcas de agressões supostamente sofridas em São Paulo, durante a final da Taça Sul-americana, na noite de quarta-feira.
Nas fotos, há integrantes do Tigre com marcas no braço, no rosto, nas costas e no peito. A equipa aponta que as imagens são ''provas'' para a denúncia policial feita após à partida.
Tigre e São Paulo enfrentaram-se na quarta-feira no estádio do Morumbi. Após o primeiro tempo, que terminou 2-0 favorável à equipa brasileira, houve um princípio de tumulto entre os futebolistas, que foi controlado.
Os futebolistas argentinos dizem ter sofrido uma ''emboscada'' dos seguranças brasileiros no vestiário, com agressões e ameaças, inclusivamente com uma arma. Os seguranças afirmam que houve tumulto após os desportistas tentarem invadir o vestiário do rival.
A equipa do Tigre não voltou para a segunda parte, alegando falta de segurança, e o São Paulo foi considerado campeão. O presidente do clube argentino afirmou não reconhecer o título da equipa brasileira, e realçou que vai fazer uma queixa na Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL).
Os futebolistas do Tigre e os seguranças do São Paulo prestaram depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), vinculada ao Departamento de Homicídios.
Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo, foram pedidos exames para averiguar as agressões, mas os futebolistas não são obrigados a cumpri-los. O caso está a ser investigado como intolerância desportiva.