O primeiro árbitro açoriano internacional de futebol, Cristóvão Moniz, revelou à agência Lusa que receber as insígnias da FIFA para poder arbitrar jogos internacionais ''é um sonho que se torna realidade''.
''É um sonho que se torna realidade, nunca me passou pela cabeça chegar a este patamar e a este nível'', disse Cristóvão Moniz.
Cristóvão Moniz, natural da ilha de São Miguel, tem 34 anos, é árbitro assistente desde 1999 e costuma integrar a equipa de arbitragem liderada pelo madeirense Marco Ferreira, também ele promovido a árbitro internacional.
''Fui trabalhando jogo a jogo, fim de semana a fim de semana, época a época, pensando sempre em melhorar e as coisas foram-se sucedendo e a alteração profunda nos regulamentos esta época vieram favorecer-me e consegui chegar a árbitro internacional'', admitiu.
O árbitro micaelense espera poder arbitrar jogos da Liga dos Campeões ou da Liga Europeia, mas só deverá poder cumprir um jogo internacional na próxima época, depois de receber as insígnias da FIFA.
''No final deste ano devo receber pelo menos uma insígnia para poder usar em Janeiro e depois decorre a cerimónia oficial do conselho de arbitragem para entregar as restantes insígnias mas até ao final da época não devo ainda fazer nenhum jogo internacional'', admitiu.
Entre os muitos jogos da I Liga portuguesa, Cristóvão Moniz guarda na memória o jogo da última época em Alvalade entre o Sporting e o Sporting de Braga, que contou com 38.000 pessoas e que o marcou ''pelo ambiente e pela envolvência''. Sonha agora arbitrar jogos de grandes equipas.
''É sonhar que poderá ser possível arbitrar um jogo no campo do Barcelona ou do Real Madrid, um jogo com casa cheia, ou mesmo em outros clubes de Itália ou da Alemanha, mas vamos pensar com muita calma, tranquilidade e humildade como foi até aqui'', disse.